Amigos,
A campanha do MEC sobre inclusão apresentou um vídeo muito interessante!!
Vale a pena conferir.
Abraços
Saulo
Este espaço é para ser compartilhado entre aqueles que acreditam que incluir é respeitar o outro e a si mesmo, contribuindo para a construção de uma sociedade justa e plena! "Este espacio es para ser compartido por quienes creen que incluir y respetar a otros o a así mismos, contribuye a construir una sociedad más justa y plena" Prof. Saulo C Silva
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Braile Virtual
Braile Virtual
Para aqueles "videntes" (termo que se refere às pessoas sem limitações visuais) que gostariam de ter noções do método braille, pode fazer um curso gratuitamente. Para isso, é preciso instalar um software gratuito, desenvolvido pela Faculdade de Educação da Usp.
Eu já fiz e é muito interessante.
Abaixo, trechos retirados da página:
Para aprender Braille na Internet
Uma das dificuldades do deficiente visual é que os demais à sua volta não conhecem o Sistema Braille de leitura para cegos. O Braille Virtual é um curso on-line baseado em animações gráficas e destinado à difusão e ensino do sistema Braille a pessoas que vêem. Veja o método
O que é o Braille?
Metodologia do curso
O Sistema Braille é um código universal de leitura tátil e de escrita usado por deficientes visuais. Conheça o sistema e sua história.
As pessoas que vêem não precisam do tato para ler em Braille. Você pode aprender a ler o sistema em algumas horas. Veja como é simples e fácil!
Para quebrar os mitos e preconceitos
Faça download do Braille Virtual
Veja como relacionar-se com uma pessoa deficiente visual e ajude a desfazer os mitos e preconceitos que envolvem a figura do indivíduo cego.
O programa Braille Virtual pode ser salvo em disquete e usado fora da Internet. É gratuito e funciona em computadores de poucos recursos.
http://www.braillevirtual.fe.usp.br/pt/index.html
Para aqueles "videntes" (termo que se refere às pessoas sem limitações visuais) que gostariam de ter noções do método braille, pode fazer um curso gratuitamente. Para isso, é preciso instalar um software gratuito, desenvolvido pela Faculdade de Educação da Usp.
Eu já fiz e é muito interessante.
Abaixo, trechos retirados da página:
Para aprender Braille na Internet
Uma das dificuldades do deficiente visual é que os demais à sua volta não conhecem o Sistema Braille de leitura para cegos. O Braille Virtual é um curso on-line baseado em animações gráficas e destinado à difusão e ensino do sistema Braille a pessoas que vêem. Veja o método
O que é o Braille?
Metodologia do curso
O Sistema Braille é um código universal de leitura tátil e de escrita usado por deficientes visuais. Conheça o sistema e sua história.
As pessoas que vêem não precisam do tato para ler em Braille. Você pode aprender a ler o sistema em algumas horas. Veja como é simples e fácil!
Para quebrar os mitos e preconceitos
Faça download do Braille Virtual
Veja como relacionar-se com uma pessoa deficiente visual e ajude a desfazer os mitos e preconceitos que envolvem a figura do indivíduo cego.
O programa Braille Virtual pode ser salvo em disquete e usado fora da Internet. É gratuito e funciona em computadores de poucos recursos.
http://www.braillevirtual.fe.usp.br/pt/index.html
Tese de Doutorado
Amigos,
Deixo, abaixo, o abstract (e o link) de minha tese de doutorado para que conheçam a epsquisa que desenvolvi na busca das identidades sociais do aluno deficiente visual.
Um abraço
Saulo
******************************************************************************
The construction of social identities of the visually impaired students when they are talking about textsSaulo César da SilvaLocation: http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=902
This research aims at investigating the construction of social identities of the visually impaired students when they are talking about texts, focusing three fundamental interrelated aspects which are: 1. How the visually impaired students see themselves; 2. Their interpretation of the way the society sees them; 3. How the visually impaired students see the sighted individuals.To collect the data, a reading group using the verbal protocol method was organized. According to Zanotto (1997), this method is a social-cognitive practice in which the readers share and negotiate the various readings. When these protocols were used, different social identities came up and could be identified through the analysis of the participants´positionings during the discoursive interaction process. This analysis is based on the positioning theory developed by Harré and Langenhove (1999). The different social identities built up by the visually impaired students, which could be identified in this analysis, are anchored in positive and negative evaluation. When the visually impaired students talk about themselves they evaluate themselves positively emphasizing their potencialities such as the capacity, autonomy and independence to accomplish daily tasks.On the other hand, when the visually impaired students interpret the way the society sees them, the former positive evaluation changes into a negative image related to the social stereotypes which contribute to build up their identity. They understand that the society sees them as incompetent and unable to accomplish the social tasks. Moreover, when they talk about the sighted individuals they also have a negative evaluation, since they see them as individuals who discriminate and who do not know their reality. The research concluded that that the social identities of the visual impaired students are built up from the positive and negative evaluations which are emphasized mainly by the social stereotypes that turn into serious learning problems in the reading classesPertenece a: BDTD Ibict
Deixo, abaixo, o abstract (e o link) de minha tese de doutorado para que conheçam a epsquisa que desenvolvi na busca das identidades sociais do aluno deficiente visual.
Um abraço
Saulo
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The construction of social identities of the visually impaired students when they are talking about textsSaulo César da SilvaLocation: http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=902
This research aims at investigating the construction of social identities of the visually impaired students when they are talking about texts, focusing three fundamental interrelated aspects which are: 1. How the visually impaired students see themselves; 2. Their interpretation of the way the society sees them; 3. How the visually impaired students see the sighted individuals.To collect the data, a reading group using the verbal protocol method was organized. According to Zanotto (1997), this method is a social-cognitive practice in which the readers share and negotiate the various readings. When these protocols were used, different social identities came up and could be identified through the analysis of the participants´positionings during the discoursive interaction process. This analysis is based on the positioning theory developed by Harré and Langenhove (1999). The different social identities built up by the visually impaired students, which could be identified in this analysis, are anchored in positive and negative evaluation. When the visually impaired students talk about themselves they evaluate themselves positively emphasizing their potencialities such as the capacity, autonomy and independence to accomplish daily tasks.On the other hand, when the visually impaired students interpret the way the society sees them, the former positive evaluation changes into a negative image related to the social stereotypes which contribute to build up their identity. They understand that the society sees them as incompetent and unable to accomplish the social tasks. Moreover, when they talk about the sighted individuals they also have a negative evaluation, since they see them as individuals who discriminate and who do not know their reality. The research concluded that that the social identities of the visual impaired students are built up from the positive and negative evaluations which are emphasized mainly by the social stereotypes that turn into serious learning problems in the reading classesPertenece a: BDTD Ibict
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Meu andar sobre rodas
Meu Andar Sobre Rodas Tatiana RolimUma vida completa é cheia de limitações. A de Tatiana Rolim logo lhe mostrou uma das mais sufocantes: a cadeira de rodas. Em sua biografia nos fala da história da menina que, aos 17 anos, sofreu um tropelamento e nunca mais andou. Meu Andar Sobre Rodas nos conta, de forma crua e sem constrangimentos, como a autora se aceitou no papel dessa menina. Onde mencionar força de vontade parece ser clichê, ela desliza por entre cicatrizes, sondas, esperas e idéias, e mostra como teve que afastar todo o pessimismo do nunca mais e engolir a rotina de todo mundo, do seu novo jeito. Assim, lemos a rotina da autora, interrompida em um momento em que tudo o que tinha a fazer era se pregar a esses dias que se seguiam de dias, paralizados na demora de se adaptar, mais uma vez, ao mundo. Ser cadeirante, estudante, namorada, filha, cidadã e ainda assim, uma pessoa normal. Ou mais que isso."As Rodas de Tatiana: giram, deslizam, espinam a menina, quais lindas pernas bailarinas." Tatiana Rolim, psicóloga e psicopedagoga, pela FIG Faculdade Integradas de Guarulhos. Especialista em Violência Doméstica contra Crianças, Adolescente e Mulheres, e em Saúde Coletiva e Saúde da Família. Palestrante nos segmentos de Inclusão Social da Pessoa com Deficiência e Unidades da Fundação Casa. Participação ativa na imprensa e demais meios de comunicações com os temas correlacionados.Meu andar sobre rodas - Tatiana Rolim - Scortecci EditoraISBN 978-85-366-0969-0 - Biografia - JS 4383Formato 14 x 21 cm - 248 páginas - 2ª Edição - Ano 2007Para adquirir este livro envie um e-mail para contato@pedagobrasil.com.br. Clique aqui e visite o Site de Tatiana Rolim.
Fonte:
Carta de Santos
Você, caro leitor, sabe o que é a Carta de Santos?
Leia a matéria abaixo e se informe.
Submetido em Sábado, 11/10/2008 - 23:44 por Lerparaver
Com o tema:
Deficiência
Carta resultante do encontro de Países de Língua Portuguesa sobre a temática dos direitos das pessoas com deficiência, realizado entre o dia 10 e 14 de Setembro de 2008.
Carta de Santos
Nós, os 570 participantes de 8 países de Lingua Portuguesa, a saber: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, contando com a participação solidária de representantes do Setor da Deficiência de paises irmãos da América Latina, a saber: Mexico, Costa Rica, Guatemala, Paraguay, Chile, Panamá, Honduras e Peru…., além de observadores de outros países e de organismos internacionais como Organização das Nações Unidas (ONU), Organização dos Estados Americanos (OEA), Organização Panamericana da Saude (OPAS), entre outros,Reunidos entre os dias 10 e 14 de setembro de 2008 na Cidade de Santos – SP, Brasil, para o Encontro de Países Lusófonos para a Divulgação e a Implementação da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e seu Protocolo Facultativo (doravante Convenção), promulgados pela ONU,Celebrando a entrada em vigor da Convenção e buscando promover e incentivar sua ratificação, implementação e monitoramento nos Países Lusófonos, em consonância com os demais tratados internacionais de Direitos Humanos;
Conscientes de que, apesar do espaço geográfico descontínuo e dos níveis diferenciados de desenvolvimento sócio-econômico, possuímos um idioma comum – o Português - que constitui um fator importante de identidade histórica e cultural;
Salientando o fato de que, apesar de a língua portuguesa ser falada por cerca de 236 milhões pessoas em todo o mundo, esta não constitui uma das línguas oficiais da ONU, resultando na restrição, e muitas vezes de exclusão, em participação, protagonismo e representação, com todas as conseqüências daí advindas;
Reconhecendo a importância histórica e o esforço empreendido até o momento, na criação da FDLP- Federação das Associações de Deficientes dos Países de Língua Portuguesa;
Reafirmando a importância dos esforços de cooperação e alianças para a ratificação, implementação e monitoramento da Convenção entre os Países Lusófonos, em sintonia com os demais países, especialmente aqueles do Sul que vivem afetados pela pobreza;
Considerando a situação de vulnerabilidade, exclusão, desigualdade e pobreza em que vive a maior parte da população de nossos países, e os distintos estágios de desenvolvimnento da legislação e das políticas públicas existentes na área da deficiência;
Entendendo que os Direitos Humanos da pessoa com deficiência, especialmente aquelas que vivem em situação de pobreza, somente se concretizarão através da transversalização de ações inclusivas no âmbito do desenvolvimento social e econômico;
Concientes da necessidade de especial atenção à situação de vulnerabilidade das mulheres, crianças e idosos com deficiência e daquelas pessoas com deficiência e suas familias, afetadas por diversas situações decorrentes, por exemplo, dos conflitos armados, da violencia urbana e doméstica, e do HIV-AIDS/SIDA, entre outras;
Preocupados com a escassez de mecanismos que garantam o efetivo exercício dos direitos humanos e da dignidade das PcD, enfatizados na Convenção e a necessidade de visibilidade e do engajamento efetivo deste coletivo no contexto nacional, regional e internacional;
Buscando garantir que pessoas com deficiência e respectivas familias, e suas organizações representativas, estejam capacitadas, empoderadas e envolvidas em todos os estágios do processo de ratificação, implementação e monitoramento da Convenção, e possam encontrar respostas para suas questões individuais e coletivas à luz deste instrumento internacional;
Diante deste contexto histórico, político, social, econômico e cultural, propomosQue cada Estado envide esforços para garantir nacionalmente os recursos necessarios para a implementação dos direitos previstos na Convenção;
Que se estabeleçam mecanismos de cooperação técnica e financeira a fim de promover e potencializar oportunidades para a colaboração Norte/Sul e Sul/Sul, com vistas à ratificação, implementação e monitoramento da Convenção;
Que se amplie a capacidade das organizações de pessoas com deficiência, de forma a otimizar seu protagonismo social em defesa dos direitos humanos e do desenvolvimento inclusivo;
Que se capacite os operadores de Direito, dentro do Sistema Judiciário de cada País, desde sua formação individual inicial e continuada, até a transversalizaçào da abordagem de Inclusão em todas as instâncias de atuação;
Que se incentive e apoie a operacionalização de Redes e outros espaços e mecanismos de informação, comunicação, intercâmbio, mobilização e colaboração entre os diferentes atores, nos países Lusófonos e seus pares, a nível local, regional e internacional;
Que se garanta o acesso à educação inclusiva e a atenção primária à saúde para as pessoas com deficiência e suas familias, no nível da comunidade;
Que haja representação lusófona nas organizações e foros internacionais da área da deficiência e/ou relacionadas à Convenção; e se inclua representação da área da deficiência e a transversalização do tema da Inclusão, nas organizações, foros e atividades relacionadas aos Países Lusofonos, particularmente na Comunidade de Países de Língua Portuguêsa – CPLP, inclusive para promover e apoiar o processo de ratificação e implementação da Convenção;
Que se apoie a ampliação, o desenvolvimento e a consolidação da FDLP- Federação das Associações de Deficientes dos Países de Língua Portuguesa.
Que se articule esforços de divulgação, ratificação e implementação da Convenção, entre os Países Lusófonos, de forma integrada à Agenda Global de Desenvolvimento - Objetivos do Milênio, Planos Estratégicos de Redução da Pobreza, Ïndices de Desenvolvimento Humano e outros instrumentos.
Que se estabeleçam e se adotem indicadores de inclusão em todos os instrumentos e mecanismos de monitoramento e avaliação de políticas públicas e programas para o desenvolvimento, à luz da Convenção;
Que se programe e promova encontros da rede de cooperação para o Desenvolvimento Inclusivo entre os Países Lusófonos para desenvolver planos de ação conjunta e avaliar a sua evolução e impacto na vida das pessoas com deficiência.
Reconhecemos e apreciamos a iniciativa e o apoio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Brasil, e demais parceiros listados a seguir, para a realização desde histórico evento:
Governo do Estado de São Paulo; Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Fundação Faculdade de Medicina, São Paulo; Conselho Estadual dos Assuntos da Pessoa com Deficiência de São Paulo; Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência da Cidade de São Paulo; Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CONADE; Coordenadoria Nacional para Inclusão da Pessoa com deficiência – CORDE; Prefeitura de Santos, SP; Conselho Municipal da Pessoa com Deficiente de Santos, CONDEFI; Centro de Vida Independente Arací Nallin, São Paulo; FDLP- Federação das Associações de Deficientes dos Países de Língua Portuguesa; Rede Latinoamericana de Organizações Não-Governamentais de Pessoas com Deficiência e suas Famílias – RIADIS; Instituto Interamericano de Deficiência e Desenvolvimento Inclusivo,IIDI; Business Square; Maxpress.
E conclamamos aos aqui representados a dar continuidade ao processo de valorização e cooperação entre os Países Lusófonos, para a concretização dos Direitos Humanos e a Inclusão Social das Pessoas com Deficiência.
Santos, SP, 14 de setembro de 2008.
468 leituras
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Fonte:
http://www.lerparaver.com/node/8068
Leia a matéria abaixo e se informe.
Submetido em Sábado, 11/10/2008 - 23:44 por Lerparaver
Com o tema:
Deficiência
Carta resultante do encontro de Países de Língua Portuguesa sobre a temática dos direitos das pessoas com deficiência, realizado entre o dia 10 e 14 de Setembro de 2008.
Carta de Santos
Nós, os 570 participantes de 8 países de Lingua Portuguesa, a saber: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, contando com a participação solidária de representantes do Setor da Deficiência de paises irmãos da América Latina, a saber: Mexico, Costa Rica, Guatemala, Paraguay, Chile, Panamá, Honduras e Peru…., além de observadores de outros países e de organismos internacionais como Organização das Nações Unidas (ONU), Organização dos Estados Americanos (OEA), Organização Panamericana da Saude (OPAS), entre outros,Reunidos entre os dias 10 e 14 de setembro de 2008 na Cidade de Santos – SP, Brasil, para o Encontro de Países Lusófonos para a Divulgação e a Implementação da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e seu Protocolo Facultativo (doravante Convenção), promulgados pela ONU,Celebrando a entrada em vigor da Convenção e buscando promover e incentivar sua ratificação, implementação e monitoramento nos Países Lusófonos, em consonância com os demais tratados internacionais de Direitos Humanos;
Conscientes de que, apesar do espaço geográfico descontínuo e dos níveis diferenciados de desenvolvimento sócio-econômico, possuímos um idioma comum – o Português - que constitui um fator importante de identidade histórica e cultural;
Salientando o fato de que, apesar de a língua portuguesa ser falada por cerca de 236 milhões pessoas em todo o mundo, esta não constitui uma das línguas oficiais da ONU, resultando na restrição, e muitas vezes de exclusão, em participação, protagonismo e representação, com todas as conseqüências daí advindas;
Reconhecendo a importância histórica e o esforço empreendido até o momento, na criação da FDLP- Federação das Associações de Deficientes dos Países de Língua Portuguesa;
Reafirmando a importância dos esforços de cooperação e alianças para a ratificação, implementação e monitoramento da Convenção entre os Países Lusófonos, em sintonia com os demais países, especialmente aqueles do Sul que vivem afetados pela pobreza;
Considerando a situação de vulnerabilidade, exclusão, desigualdade e pobreza em que vive a maior parte da população de nossos países, e os distintos estágios de desenvolvimnento da legislação e das políticas públicas existentes na área da deficiência;
Entendendo que os Direitos Humanos da pessoa com deficiência, especialmente aquelas que vivem em situação de pobreza, somente se concretizarão através da transversalização de ações inclusivas no âmbito do desenvolvimento social e econômico;
Concientes da necessidade de especial atenção à situação de vulnerabilidade das mulheres, crianças e idosos com deficiência e daquelas pessoas com deficiência e suas familias, afetadas por diversas situações decorrentes, por exemplo, dos conflitos armados, da violencia urbana e doméstica, e do HIV-AIDS/SIDA, entre outras;
Preocupados com a escassez de mecanismos que garantam o efetivo exercício dos direitos humanos e da dignidade das PcD, enfatizados na Convenção e a necessidade de visibilidade e do engajamento efetivo deste coletivo no contexto nacional, regional e internacional;
Buscando garantir que pessoas com deficiência e respectivas familias, e suas organizações representativas, estejam capacitadas, empoderadas e envolvidas em todos os estágios do processo de ratificação, implementação e monitoramento da Convenção, e possam encontrar respostas para suas questões individuais e coletivas à luz deste instrumento internacional;
Diante deste contexto histórico, político, social, econômico e cultural, propomosQue cada Estado envide esforços para garantir nacionalmente os recursos necessarios para a implementação dos direitos previstos na Convenção;
Que se estabeleçam mecanismos de cooperação técnica e financeira a fim de promover e potencializar oportunidades para a colaboração Norte/Sul e Sul/Sul, com vistas à ratificação, implementação e monitoramento da Convenção;
Que se amplie a capacidade das organizações de pessoas com deficiência, de forma a otimizar seu protagonismo social em defesa dos direitos humanos e do desenvolvimento inclusivo;
Que se capacite os operadores de Direito, dentro do Sistema Judiciário de cada País, desde sua formação individual inicial e continuada, até a transversalizaçào da abordagem de Inclusão em todas as instâncias de atuação;
Que se incentive e apoie a operacionalização de Redes e outros espaços e mecanismos de informação, comunicação, intercâmbio, mobilização e colaboração entre os diferentes atores, nos países Lusófonos e seus pares, a nível local, regional e internacional;
Que se garanta o acesso à educação inclusiva e a atenção primária à saúde para as pessoas com deficiência e suas familias, no nível da comunidade;
Que haja representação lusófona nas organizações e foros internacionais da área da deficiência e/ou relacionadas à Convenção; e se inclua representação da área da deficiência e a transversalização do tema da Inclusão, nas organizações, foros e atividades relacionadas aos Países Lusofonos, particularmente na Comunidade de Países de Língua Portuguêsa – CPLP, inclusive para promover e apoiar o processo de ratificação e implementação da Convenção;
Que se apoie a ampliação, o desenvolvimento e a consolidação da FDLP- Federação das Associações de Deficientes dos Países de Língua Portuguesa.
Que se articule esforços de divulgação, ratificação e implementação da Convenção, entre os Países Lusófonos, de forma integrada à Agenda Global de Desenvolvimento - Objetivos do Milênio, Planos Estratégicos de Redução da Pobreza, Ïndices de Desenvolvimento Humano e outros instrumentos.
Que se estabeleçam e se adotem indicadores de inclusão em todos os instrumentos e mecanismos de monitoramento e avaliação de políticas públicas e programas para o desenvolvimento, à luz da Convenção;
Que se programe e promova encontros da rede de cooperação para o Desenvolvimento Inclusivo entre os Países Lusófonos para desenvolver planos de ação conjunta e avaliar a sua evolução e impacto na vida das pessoas com deficiência.
Reconhecemos e apreciamos a iniciativa e o apoio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Brasil, e demais parceiros listados a seguir, para a realização desde histórico evento:
Governo do Estado de São Paulo; Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Fundação Faculdade de Medicina, São Paulo; Conselho Estadual dos Assuntos da Pessoa com Deficiência de São Paulo; Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência da Cidade de São Paulo; Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CONADE; Coordenadoria Nacional para Inclusão da Pessoa com deficiência – CORDE; Prefeitura de Santos, SP; Conselho Municipal da Pessoa com Deficiente de Santos, CONDEFI; Centro de Vida Independente Arací Nallin, São Paulo; FDLP- Federação das Associações de Deficientes dos Países de Língua Portuguesa; Rede Latinoamericana de Organizações Não-Governamentais de Pessoas com Deficiência e suas Famílias – RIADIS; Instituto Interamericano de Deficiência e Desenvolvimento Inclusivo,IIDI; Business Square; Maxpress.
E conclamamos aos aqui representados a dar continuidade ao processo de valorização e cooperação entre os Países Lusófonos, para a concretização dos Direitos Humanos e a Inclusão Social das Pessoas com Deficiência.
Santos, SP, 14 de setembro de 2008.
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Fonte:
http://www.lerparaver.com/node/8068
Portal: LER PARA VER
Quem somos e quais os nossos objectivos
Submetido em Quarta, 23/05/2007 - 09:14 por Lerparaver
Quem somos
O portal LERPARAVER nasceu a 26 de Novembro de 1999 pelas mãos de dois amigos cegos portugueses, residentes no Porto, Daniel Serra e António Silva, sendo, actualmente, o maior portal em língua portuguesa dedicado a deficiência da visão.
Embora seja originado, mantido e coordenado pelos seus fundadores, trata-se de um espaço colectivo, em que qualquer pessoa pode colaborar publicando conteúdo, contribuindo assim para a partilha de informação e enrequecimento desta comunidade virtual. Desde já agradecemos a todos os que têm colaborado.
Em virtude de uma participação mais formal e regular, gostaríamos de realçar:
Mariana Rocha - legislação portuguesa e notícias
Norberto Sousa - directório
Pedro Afonso - Área de notícias
Junte-se a esta equipa!
Objectivos do Portal
1 - Infoinclusão
O portal possui diversos conteúdos exclusivos direccionados para esta camada da população, permitindo aos deficientes da visão aceder a informação útil, ajudando assim a eliminar barreiras e contribuindo para um dos seus grandes objectivos: a infoinclusão.
2 - Informação imediata e ajuda útil a novos deficientes e às suas famílias
O LERPARAVER tem também ajudado, em particular, recém cegos e os seus familiares e amigos a conhecerem esta realidade, a ultrapassarem as dificuldades e a vencerem obstáculos, à partida, insuperáveis.
3 - Sensibilização para a não discriminação
O site não tem desempenhado apenas um papel fundamental para deficientes da visão, mas também para todos os que lidam ou se interessam por esta temática, sendo, desta forma, através da informação e do esclarecimento de dúvidas, possível alcançar um outro objectivo: a sensibilização e a não discriminação das pessoas com problemas visuais.
4 - Interacção
Um dos objectivos é promover formas dos utilizadores interagirem entre si, esclarecendo dúvidas, partilhando opiniões e experiências.
Estes objectivos são atingidos, por um lado, através dos serviços e conteúdos disponibilizados no site.
Uma outra forma também de os atingir, é através de respostas a mensagens de e-mail. É uma forma invisível, mas de grande importância.
Diariamente somos solicitados com uma grande diversidade de questões e de apelos, que tentamos dentro do possível ajudar ou reencaminhar para outra pessoa, site ou instituição.
O Portal
O Lerparaver foi concebido de forma a ter uma estética agradável, e ao mesmo tempo, cumprir de forma rigorosa as regras de acessibilidade.
Um aspecto que para nós é também fundamental prende-se com a facilidade de utilização pelo seu público alvo. Assim, um dos nossos objectivos é que o site seja o mais simples e fácil de usar, em especial por deficientes visuais, sem perder funcionalidades nem afectar o bom design. Tal necessitou de um razoável trabalho de adaptação e pesquisa, mas pensamos que o objectivo foi atingido.
Para facilitar o uso do portal, criamos a área Como usar o portal, onde explicamos todas as funcionalidades, bem como algumas técnicas para uma navegação mais rápida e eficaz.
Esperamos que este espaço possa também servir de exemplo, de que é possível fazer um site normal, atraente, e ao mesmo tempo totalmente acessível e funcional.
O portal acenta num gestor de conteúdos, o que permite uma produção descentralizada, cada utilizador pode publicar conteúdos, podendo mesmo haver responsáveis por determinadas áreas.
Tal tecnologia permite também disponibilizar um grupo alargado de funcionalidades e proporcionar a interacção entre os visitantes.
Conteúdos e serviços disponibilizados
Melhor do que enumerarmos é fazer uma visita pelo portal, nomeadamente pelas secções. No entanto segue-se uma pequena lista de conteúdos e serviços disponibilizados:
Área de notícias e eventos de actualização frequente (geralmente diária);
Agregador de notícias. Permite que os cegos possam aceder de forma mais simples, acessível e rápida a conteúdos noticiosos, mantendo-se assim mais informados;
Disponibilização do conteúdo através de RSS. Tal recurso permite a outros sitesintegrarem conteúdos do Lerparaver, bem como é mais uma forma de disponibilizar a informação indo de encontro às necessidades de muitos visitantes;
Consultório jurídico. Através deste serviço é possível exclarecer dúvidas sobre legislação portuguesa relacionada com a temática da deficiência. Temos também um dossier actualizado com a legislação mais importante;
Consultório oftalmológico. Através deste serviço é possível esclarecer dúvidas directamente com um oftalmologista;
Directório de links e recursos. O objectivo é criar o maior directório sobre deficiência visual em língua portuguesa. Possuimos sempre uma descrição sobre o link/recurso em causa, bem como contactos de instituições e entidades;
Artigos, manuais, truques, Informações diversas sobre tudo o que se relaciona com a deficiência visual;
Serviços de grande interactividade como comentários, fóruns, blogs, contacto entre utilizadores... Ésta página é de e para todos os deficientes visuais. Desta forma é importante promover a interacção, a troca de experiências, de opiniões, o apoio, o esclarecer de dúvidas.
Se pretender juntar-se a esta equipa, colaborar de alguma forma ou tiver dúvidas, não esite em nos contactar.
9349 leituras
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LINK
http://www.lerparaver.com/quemsomos
Submetido em Quarta, 23/05/2007 - 09:14 por Lerparaver
Quem somos
O portal LERPARAVER nasceu a 26 de Novembro de 1999 pelas mãos de dois amigos cegos portugueses, residentes no Porto, Daniel Serra e António Silva, sendo, actualmente, o maior portal em língua portuguesa dedicado a deficiência da visão.
Embora seja originado, mantido e coordenado pelos seus fundadores, trata-se de um espaço colectivo, em que qualquer pessoa pode colaborar publicando conteúdo, contribuindo assim para a partilha de informação e enrequecimento desta comunidade virtual. Desde já agradecemos a todos os que têm colaborado.
Em virtude de uma participação mais formal e regular, gostaríamos de realçar:
Mariana Rocha - legislação portuguesa e notícias
Norberto Sousa - directório
Pedro Afonso - Área de notícias
Junte-se a esta equipa!
Objectivos do Portal
1 - Infoinclusão
O portal possui diversos conteúdos exclusivos direccionados para esta camada da população, permitindo aos deficientes da visão aceder a informação útil, ajudando assim a eliminar barreiras e contribuindo para um dos seus grandes objectivos: a infoinclusão.
2 - Informação imediata e ajuda útil a novos deficientes e às suas famílias
O LERPARAVER tem também ajudado, em particular, recém cegos e os seus familiares e amigos a conhecerem esta realidade, a ultrapassarem as dificuldades e a vencerem obstáculos, à partida, insuperáveis.
3 - Sensibilização para a não discriminação
O site não tem desempenhado apenas um papel fundamental para deficientes da visão, mas também para todos os que lidam ou se interessam por esta temática, sendo, desta forma, através da informação e do esclarecimento de dúvidas, possível alcançar um outro objectivo: a sensibilização e a não discriminação das pessoas com problemas visuais.
4 - Interacção
Um dos objectivos é promover formas dos utilizadores interagirem entre si, esclarecendo dúvidas, partilhando opiniões e experiências.
Estes objectivos são atingidos, por um lado, através dos serviços e conteúdos disponibilizados no site.
Uma outra forma também de os atingir, é através de respostas a mensagens de e-mail. É uma forma invisível, mas de grande importância.
Diariamente somos solicitados com uma grande diversidade de questões e de apelos, que tentamos dentro do possível ajudar ou reencaminhar para outra pessoa, site ou instituição.
O Portal
O Lerparaver foi concebido de forma a ter uma estética agradável, e ao mesmo tempo, cumprir de forma rigorosa as regras de acessibilidade.
Um aspecto que para nós é também fundamental prende-se com a facilidade de utilização pelo seu público alvo. Assim, um dos nossos objectivos é que o site seja o mais simples e fácil de usar, em especial por deficientes visuais, sem perder funcionalidades nem afectar o bom design. Tal necessitou de um razoável trabalho de adaptação e pesquisa, mas pensamos que o objectivo foi atingido.
Para facilitar o uso do portal, criamos a área Como usar o portal, onde explicamos todas as funcionalidades, bem como algumas técnicas para uma navegação mais rápida e eficaz.
Esperamos que este espaço possa também servir de exemplo, de que é possível fazer um site normal, atraente, e ao mesmo tempo totalmente acessível e funcional.
O portal acenta num gestor de conteúdos, o que permite uma produção descentralizada, cada utilizador pode publicar conteúdos, podendo mesmo haver responsáveis por determinadas áreas.
Tal tecnologia permite também disponibilizar um grupo alargado de funcionalidades e proporcionar a interacção entre os visitantes.
Conteúdos e serviços disponibilizados
Melhor do que enumerarmos é fazer uma visita pelo portal, nomeadamente pelas secções. No entanto segue-se uma pequena lista de conteúdos e serviços disponibilizados:
Área de notícias e eventos de actualização frequente (geralmente diária);
Agregador de notícias. Permite que os cegos possam aceder de forma mais simples, acessível e rápida a conteúdos noticiosos, mantendo-se assim mais informados;
Disponibilização do conteúdo através de RSS. Tal recurso permite a outros sitesintegrarem conteúdos do Lerparaver, bem como é mais uma forma de disponibilizar a informação indo de encontro às necessidades de muitos visitantes;
Consultório jurídico. Através deste serviço é possível exclarecer dúvidas sobre legislação portuguesa relacionada com a temática da deficiência. Temos também um dossier actualizado com a legislação mais importante;
Consultório oftalmológico. Através deste serviço é possível esclarecer dúvidas directamente com um oftalmologista;
Directório de links e recursos. O objectivo é criar o maior directório sobre deficiência visual em língua portuguesa. Possuimos sempre uma descrição sobre o link/recurso em causa, bem como contactos de instituições e entidades;
Artigos, manuais, truques, Informações diversas sobre tudo o que se relaciona com a deficiência visual;
Serviços de grande interactividade como comentários, fóruns, blogs, contacto entre utilizadores... Ésta página é de e para todos os deficientes visuais. Desta forma é importante promover a interacção, a troca de experiências, de opiniões, o apoio, o esclarecer de dúvidas.
Se pretender juntar-se a esta equipa, colaborar de alguma forma ou tiver dúvidas, não esite em nos contactar.
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Brasil: Projeto de inclusão de deficientes vence etapa brasileira
Submetido em Sexta, 11/05/2007 - 23:18 por Lerparaver
Com o tema:
Braille
Hardware
Fábio Barros
Um dispositivo móvel para leitura em Braille, chamado KnowTouch, foi o projeto vencedor da categoria Software Design do Imagine Cup 2007. Realizada pela Microsoft, a versão 2007 da competição contou com cerca de 36 mil estudantes inscritos, e a equipe vencedora foi formada por estudantes do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e da UPE (Universidade de Pernambuco).
Escolhido por uma banca de 14 jurados – formada por professores universitários, técnicos da Microsoft, jornalistas e representantes da indústria de hardware e software – o projeto vencedor foi apresentado como uma solução que abrirá as portas do mundo da leitura aos deficientes visuais, acabando com sua dependência e abrindo novos horizontes.
Na prática, a solução é composta de um dispositivo móvel com pinos eletromecânicos que acessa um servidor por meio de radiofreqüência. Ao entrar no raio de alcance do servidor, o dispositivo recebe uma lista com os documentos disponíveis permitindo que o usuário, por meio de botões de navegação, selecione o texto que será exibido em braille. De acordo com Raquel Melo Almeida, uma das responsáveis pelo desenvolvimento do projeto, “o grande diferencial deste projeto em relação aos outros foi seu fator de inclusão”.
Não por acaso, a diferença entre o projeto vencedor e o oitavo colocado foi de apenas 1,45 pontos.
Além de se preparar para a etapa mundial da competição, a equipe vencedora parte agora para o processo de viabilização comercial do produto. “Começamos a pensar na possibilidade de parcerias que viabilizem a produção da solução em escala comercial”, diz.
A pequena diferença entre os primeiros colocados não foi uma surpresa para a Microsoft. O Brasil foi o país com o maior número de inscritos, superando a China, Índia e Estados Unidos, por exemplo. Por conta disso, 97 equipes brasileiras são semifinalistas nas várias categorias que compõem a etapa mundial da competição, representando 52% dos projetos selecionados. Este ano, a etapa mundial acontece entre os dias 6 e 12 de agosto em Seul (Coréia), e vai distribuir prêmios que variam de US$ 8 mil a US$ 25 mil. “A qualidade do ensino de tecnologia no Brasil não fica nada a dever aos outros países, o que explica a quantidade de inscritos e o percentual de semifinalistas brasileiros”, explica Carlos Ferreira, diretor de novas tecnologias da Microsoft Brasil.
Dentro dos números brasileiros, destaca-se a grande participação dos estudantes de Pernambuco: das oito equipes finalistas, cinco contavam com estudantes daquele Estado. “Essa participação não é surpresa. É o reconhecimento do nosso trabalho e do fato de Pernambuco já estar entre os maiores pólos de Tecnologia do país’, diz Raquel, ela mesma estudante da Universidade de Pernambuco.
Mais que o percentual, a participação brasileira vem se convertendo em prêmio na Imagine Cup. Em 2006, uma dupla de estudantes brasileiros conquistou o primeiro lugar na categoria Interface Design, e outra equipe nacional ficou em segundo lugar na categoria Design de Software. O grupo inclui ainda os vencedores da categoria Solução para Microsoft Office na edição de 2005.
Para ler mais, clique aqui
Com o tema:
Braille
Hardware
Fábio Barros
Um dispositivo móvel para leitura em Braille, chamado KnowTouch, foi o projeto vencedor da categoria Software Design do Imagine Cup 2007. Realizada pela Microsoft, a versão 2007 da competição contou com cerca de 36 mil estudantes inscritos, e a equipe vencedora foi formada por estudantes do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e da UPE (Universidade de Pernambuco).
Escolhido por uma banca de 14 jurados – formada por professores universitários, técnicos da Microsoft, jornalistas e representantes da indústria de hardware e software – o projeto vencedor foi apresentado como uma solução que abrirá as portas do mundo da leitura aos deficientes visuais, acabando com sua dependência e abrindo novos horizontes.
Na prática, a solução é composta de um dispositivo móvel com pinos eletromecânicos que acessa um servidor por meio de radiofreqüência. Ao entrar no raio de alcance do servidor, o dispositivo recebe uma lista com os documentos disponíveis permitindo que o usuário, por meio de botões de navegação, selecione o texto que será exibido em braille. De acordo com Raquel Melo Almeida, uma das responsáveis pelo desenvolvimento do projeto, “o grande diferencial deste projeto em relação aos outros foi seu fator de inclusão”.
Não por acaso, a diferença entre o projeto vencedor e o oitavo colocado foi de apenas 1,45 pontos.
Além de se preparar para a etapa mundial da competição, a equipe vencedora parte agora para o processo de viabilização comercial do produto. “Começamos a pensar na possibilidade de parcerias que viabilizem a produção da solução em escala comercial”, diz.
A pequena diferença entre os primeiros colocados não foi uma surpresa para a Microsoft. O Brasil foi o país com o maior número de inscritos, superando a China, Índia e Estados Unidos, por exemplo. Por conta disso, 97 equipes brasileiras são semifinalistas nas várias categorias que compõem a etapa mundial da competição, representando 52% dos projetos selecionados. Este ano, a etapa mundial acontece entre os dias 6 e 12 de agosto em Seul (Coréia), e vai distribuir prêmios que variam de US$ 8 mil a US$ 25 mil. “A qualidade do ensino de tecnologia no Brasil não fica nada a dever aos outros países, o que explica a quantidade de inscritos e o percentual de semifinalistas brasileiros”, explica Carlos Ferreira, diretor de novas tecnologias da Microsoft Brasil.
Dentro dos números brasileiros, destaca-se a grande participação dos estudantes de Pernambuco: das oito equipes finalistas, cinco contavam com estudantes daquele Estado. “Essa participação não é surpresa. É o reconhecimento do nosso trabalho e do fato de Pernambuco já estar entre os maiores pólos de Tecnologia do país’, diz Raquel, ela mesma estudante da Universidade de Pernambuco.
Mais que o percentual, a participação brasileira vem se convertendo em prêmio na Imagine Cup. Em 2006, uma dupla de estudantes brasileiros conquistou o primeiro lugar na categoria Interface Design, e outra equipe nacional ficou em segundo lugar na categoria Design de Software. O grupo inclui ainda os vencedores da categoria Solução para Microsoft Office na edição de 2005.
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terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Inclusão Escolar: um Direito de Alunos com e sem Deficiência
Autor: Mara Lúcia SartorettoData: 09/07/2008
A inclusão de pessoas com deficiência nas escolas comuns da rede regular de ensino coloca novos e grandes desafios para o sistema educacional. Este, talvez, seja um dos temas que mais têm instigado não só os professores do ensino especial, mas também os professores das escolas comuns, os pais e a própria sociedade. Dentro e fora das escolas vem se verificando um acalorado processo de discussão acerca das modificações que devem ser implementadas na escola, processo que nem mesmo as três leis de diretrizes e bases haviam conseguido desencadear.
Compreender a diferença não como algo fixo e incapacitante na pessoa, mas reconhecê-la como própria da condição humana é um desafio ainda muito complexo e um objetivo ainda muito distante da prática pedagógica diária dos professores. A grande maioria deles ainda trabalha na base do falso pressuposto de que todos os alunos são iguais e que as turmas são homogêneas.Analisando a história das pessoas com deficiência, vemos que, por muitos anos, elas perderam a sua identidade e passaram a ser designadas não pelo nome, mas pela deficiência de que são portadoras: o cego, o surdo, o down. Por isso, por muito tempo, não tiveram acesso à escola comum: ou ficavam em casa, ou eram atendidas em espaços segregados, convivendo apenas com colegas que também apresentassem algum tipo de deficiência. Mesmo quando, numa tentativa de integração, alguns desses alunos passaram a freqüentar as classes comuns das escolas regulares, havia uma seleção prévia e só eram admitidos os que estivessem aptos e amoldados ao formato da escola. Aí, não era a escola que tinha que mudar: os alunos é que teriam que se adequar às exigências da escola.
Atualmente, um grande números de pessoas com deficiências estão freqüentando escolas comuns. Isso tem levado a uma profunda reflexão acerca do papel e das finalidades da escola, de tal sorte que, no avanço da discussão, vai se consolidando a compreensão de que as diferenças na sala de aula, antes de serem um complicador para a ação do professor, podem se tornar um fator de qualificação e de enriquecimento do ensino. Pais e professores começam a se dar conta de que a convivência entre crianças com e sem deficiência é mutuamente benéfica. Ganham os alunos com deficiência na medida em que convivem num ambiente desafiador, provocador, rico em experiências e relações que os estimulam e os incentivem a pensar, e ganham os alunos ditos normais por terem oportunidade de aprender a conviver com a diversidade, de vivenciar situações diferentes, de construir conhecimentos, e, inclusive, de conviver com novas formas de comunicação, tais como libras e Braille, além de se familiarizarem com novos recursos como a tecnologia assistiva e a comunicação alternativa e aumentativa. Acima de tudo, em espaços onde se dá lugar à diferença e onde não se estigmatiza a deficiência, forma-se um terreno fértil para experiências de colaboração, de ajuda mútua e de solidariedade, padrões de convivência tão necessários em nossos dias. Isso é tão verdadeiro que já não é raro encontrar pais de crianças ditas normais que fazem questão de que seus filhos convivam com colegas com deficiências.
A transformação de todas as escolas em escolas inclusivas é um grande desafio que teremos de enfrentar. A condição para que a inclusão escolar se torne uma realidade, porém, passa pela redefinição do papel das escolas especiais como responsáveis pelo atendimento educacional especializado, e das escolas comuns como o local onde os alunos, através do conhecimento, possam questionar a realidade, e, coletivamente, viver experiências que reforcem padrões sociais de cooperação e vivência da cidadania.
Nesse sentido, é imprescindível que se redimensione o enfoque da formação dos professores, cujo objetivo não deve ser simplesmente o de adquirir conhecimentos, mas sim, o de estimular a curiosidade e desenvolver a capacidade de adquirir conhecimentos. É preciso que a reflexão sobre os problemas da aprendizagem e sobre o modo como ela se processa tome o lugar da reflexão em torno dos problemas do ensino. Ou seja, ao invés de nos preocuparmos tanto com o como devemos ensinar, precisamos aprofundar a nossa reflexão acerca de como os nossos alunos aprendem.
Nessa concepção de escola, que vê a diferença e a deficiência como algo inerente à condição humana, o atendimento educacional especializado, a ser oferecido tanto aos alunos com deficiências quanto aos alunos com altas habilidades, assume papel importante e decisivo. O atendimento educacional especializado, que se diferencia completamente do trabalho realizado na sala de aula comum, deve ser oferecido nas salas de recursos, no horário oposto ao que o aluno freqüenta a escola, individualmente ou em pequenos grupos, pelo professor com formação específica; e abordará aquilo que é necessariamente diferente do ensino escolar, com o objetivo de atender às necessidades específicas do aluno com deficiência ou com altas habilidades, e deverá complementar e suplementar os serviços educacionais comuns. É através do atendimento educacional especializado que o professor do ensino comum e o professor do ensino especial buscam, solidariamente, práticas pedagógicas que facilitem a aprendizagem do aluno que necessita desse atendimento.
Para concluir: numa sala inclusiva, o aluno não presta atenção ao professor: o professor é que deve prestar atenção ao aluno. Numa sala inclusiva, o aluno não é ouvinte; não é assistente. Numa sala inclusiva, o aluno realiza atividades. Resolve problemas. Desenvolve projetos. Participa. Opina. Analisa. Cria. E não precisa decorar nada. A escola inclusiva é a escola do aluno que pensa, que faz e que cria, e não do aluno que ouve, que copia, que anota, que decora e que reproduz na prova. E pensar, fazer e criar, cada um pode fazê-lo a seu modo, no seu ritmo, e sem moldes pré-determinados.
Fonte:
http://www.pedagogia.com.br/artigos/inclusaoescolar/
A inclusão de pessoas com deficiência nas escolas comuns da rede regular de ensino coloca novos e grandes desafios para o sistema educacional. Este, talvez, seja um dos temas que mais têm instigado não só os professores do ensino especial, mas também os professores das escolas comuns, os pais e a própria sociedade. Dentro e fora das escolas vem se verificando um acalorado processo de discussão acerca das modificações que devem ser implementadas na escola, processo que nem mesmo as três leis de diretrizes e bases haviam conseguido desencadear.
Compreender a diferença não como algo fixo e incapacitante na pessoa, mas reconhecê-la como própria da condição humana é um desafio ainda muito complexo e um objetivo ainda muito distante da prática pedagógica diária dos professores. A grande maioria deles ainda trabalha na base do falso pressuposto de que todos os alunos são iguais e que as turmas são homogêneas.Analisando a história das pessoas com deficiência, vemos que, por muitos anos, elas perderam a sua identidade e passaram a ser designadas não pelo nome, mas pela deficiência de que são portadoras: o cego, o surdo, o down. Por isso, por muito tempo, não tiveram acesso à escola comum: ou ficavam em casa, ou eram atendidas em espaços segregados, convivendo apenas com colegas que também apresentassem algum tipo de deficiência. Mesmo quando, numa tentativa de integração, alguns desses alunos passaram a freqüentar as classes comuns das escolas regulares, havia uma seleção prévia e só eram admitidos os que estivessem aptos e amoldados ao formato da escola. Aí, não era a escola que tinha que mudar: os alunos é que teriam que se adequar às exigências da escola.
Atualmente, um grande números de pessoas com deficiências estão freqüentando escolas comuns. Isso tem levado a uma profunda reflexão acerca do papel e das finalidades da escola, de tal sorte que, no avanço da discussão, vai se consolidando a compreensão de que as diferenças na sala de aula, antes de serem um complicador para a ação do professor, podem se tornar um fator de qualificação e de enriquecimento do ensino. Pais e professores começam a se dar conta de que a convivência entre crianças com e sem deficiência é mutuamente benéfica. Ganham os alunos com deficiência na medida em que convivem num ambiente desafiador, provocador, rico em experiências e relações que os estimulam e os incentivem a pensar, e ganham os alunos ditos normais por terem oportunidade de aprender a conviver com a diversidade, de vivenciar situações diferentes, de construir conhecimentos, e, inclusive, de conviver com novas formas de comunicação, tais como libras e Braille, além de se familiarizarem com novos recursos como a tecnologia assistiva e a comunicação alternativa e aumentativa. Acima de tudo, em espaços onde se dá lugar à diferença e onde não se estigmatiza a deficiência, forma-se um terreno fértil para experiências de colaboração, de ajuda mútua e de solidariedade, padrões de convivência tão necessários em nossos dias. Isso é tão verdadeiro que já não é raro encontrar pais de crianças ditas normais que fazem questão de que seus filhos convivam com colegas com deficiências.
A transformação de todas as escolas em escolas inclusivas é um grande desafio que teremos de enfrentar. A condição para que a inclusão escolar se torne uma realidade, porém, passa pela redefinição do papel das escolas especiais como responsáveis pelo atendimento educacional especializado, e das escolas comuns como o local onde os alunos, através do conhecimento, possam questionar a realidade, e, coletivamente, viver experiências que reforcem padrões sociais de cooperação e vivência da cidadania.
Nesse sentido, é imprescindível que se redimensione o enfoque da formação dos professores, cujo objetivo não deve ser simplesmente o de adquirir conhecimentos, mas sim, o de estimular a curiosidade e desenvolver a capacidade de adquirir conhecimentos. É preciso que a reflexão sobre os problemas da aprendizagem e sobre o modo como ela se processa tome o lugar da reflexão em torno dos problemas do ensino. Ou seja, ao invés de nos preocuparmos tanto com o como devemos ensinar, precisamos aprofundar a nossa reflexão acerca de como os nossos alunos aprendem.
Nessa concepção de escola, que vê a diferença e a deficiência como algo inerente à condição humana, o atendimento educacional especializado, a ser oferecido tanto aos alunos com deficiências quanto aos alunos com altas habilidades, assume papel importante e decisivo. O atendimento educacional especializado, que se diferencia completamente do trabalho realizado na sala de aula comum, deve ser oferecido nas salas de recursos, no horário oposto ao que o aluno freqüenta a escola, individualmente ou em pequenos grupos, pelo professor com formação específica; e abordará aquilo que é necessariamente diferente do ensino escolar, com o objetivo de atender às necessidades específicas do aluno com deficiência ou com altas habilidades, e deverá complementar e suplementar os serviços educacionais comuns. É através do atendimento educacional especializado que o professor do ensino comum e o professor do ensino especial buscam, solidariamente, práticas pedagógicas que facilitem a aprendizagem do aluno que necessita desse atendimento.
Para concluir: numa sala inclusiva, o aluno não presta atenção ao professor: o professor é que deve prestar atenção ao aluno. Numa sala inclusiva, o aluno não é ouvinte; não é assistente. Numa sala inclusiva, o aluno realiza atividades. Resolve problemas. Desenvolve projetos. Participa. Opina. Analisa. Cria. E não precisa decorar nada. A escola inclusiva é a escola do aluno que pensa, que faz e que cria, e não do aluno que ouve, que copia, que anota, que decora e que reproduz na prova. E pensar, fazer e criar, cada um pode fazê-lo a seu modo, no seu ritmo, e sem moldes pré-determinados.
Fonte:
http://www.pedagogia.com.br/artigos/inclusaoescolar/
O acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns da rede regular
O ACESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
ÀS ESCOLAS E CLASSES COMUNS
DA REDE REGULAR
APRESENTAÇÃO
O Ministério da Educação, compromissado com a garantia do acesso e permanência de todas as crianças na escola, tem como meta a efetivação de uma política nacional de educação inclusiva fundamentada na idéia de uma sociedade que reconhece e valoriza a diversidade.
O documento do Ministério Público .O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular apresenta um referencial para a construção dos sistemas educacionais inclusivos, organizados para atender o conjunto de necessidades e características de todos os cidadãos.
Este referencial contém uma análise da legislação pertinente à educação especial e orientações pedagógicas que discutem a prática dos educadores. São considerações que traduzem os paradigmas atuais e defendem o acesso universal à escolaridade básica através da transformação
da escola em um ambiente de convivência respeitosa, enriquecedora e livre de qualquer discriminação.
A construção de uma sociedade inclusiva exige mudanças de idéias e práticas, portanto, o Ministério da Educação apóia a implementação de uma nova prática social que viabilize escolas inclusivas que atendam a todos, independente das suas necessidades educacionais especiais, de forma a garantir a participação de todos.
Claudia Pereira Dutra
Secretaria de Educação Especial
Ministério da Educação
Este manual de educação inclusiva, editado pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão
(PFDC) em parceria com a Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva, traz a marca do
compromisso do Ministério Público Federal com uma sociedade mais justa.
Se o seu conteúdo contribuir para disseminar uma cultura antidiscriminatória das pessoas com
deficiência, ela já terá cumprido sua finalidade.
A inclusão é tão agregadora que seus benefícios não são somente sentidos pelas pessoas que estão excluídas, mas, por toda a sociedade.
Diversidade não é peso. Diversidade é riqueza.
Maria Eliane Menezes de Farias
Subprocuradora-Geral da República
Subprocuradora-Geral da República
Turismo para todos
Turismo Acessível
M. Sofia Pérez Ferrés, 11 de maio de 2006
O que é Turismo Acessível
Turismo Acessível ou Turismo para Todos é uma iniciativa que visa incluir a maior parte possível da população naquelas atividades consideradas genericamente de turismo e/ou lazer:
turismo cultural (bibliotecas, museus, galerias, exposições, teatros, óperas, etc);
turismo de negócios (conferências, universidades, etc);
atividades de lazer e de tempo livre (viagens, passeios naturais, visitas a áreas protegidas, esportes, gastronomia, cinemas, etc).
Proponho um fórum de discussão sobre Turismo Acessível para discutirmos o direito de todos ao acesso e à integração plena, desde a ótica funcional e psicológica, naquelas atividades referentes às 8 horas diárias que não são utilizadas nem ao trabalho nem ao repouso, com especial enfoque àquelas pessoas com deficiência motora ou sensorial, por circunstâncias transitórias, cronológicas e/ou antropométricas.
A Importância do Turismo para Todos
A tendência da sociedade atual é uma correta utilização do tempo livre, e o lazer adquirindo uma importância fundamental para o desenvolvimento psíquico e social. Por este motivo, no fórum de discussão sobre Turismo Acessível proponho uma análise do turismo, particularizando a qualidade deste para as pessoas com alguma restrição física ou sensorial, aqueles que geralmente encontram barreiras de diversos tipos para realizar atividades de lazer/turismo.
É importante também conhecer os lugares onde "boas práticas" têm sido aplicadas, para aproximar interesse do interessado e fomentar a atitude inclusiva de certos serviços turísticos. Esse marketing boca-a-boca sobre serviços "amigos do usuário" e de lugares bem projetados pode inspirar e ajudar as agências de viagens e proprietários de negócios a empreender melhoras na acessibilidade, e talvez também a gerar políticas inclusivas no país.
Quem pode e deve colaborar para atingir essa meta
Designers e Arquitetos
Devem proporcionar, através do seu trabalho, as condições físicas (arquitetônicas, urbanísticas e ambientais) para a acessibilidade ao meio.
Prestadores de Serviços Turísticos
É necessário capacitar os prestadores de serviços turísticos sobre práticas e trato adequados, além de acessibilidade ao meio físico, para poderem potencializar a integração de todas as pessoas, independentemente do seu estado físico, ao mercado turístico. Também se propõe neste grupo de discussão mostrar o interesse que a indústria turística deveria ter no Turismo Acessível, como vantagem competitiva, já que existe uma demanda crescente de pessoas, devido ao envelhecimento da população nas economias ocidentais, que querem viajar e aproveitar ofertas turísticas, e portanto demandam melhoras na acessibilidade dos ambientes e dos serviços.
Web Designers e Programadores
Devem proporcionar o acesso à informação, que representa a primeira etapa a qualquer atividade turística. Também cabe a estes profissionais toda a adaptação daquele lazer relacionado a computadores, jogos digitais, internet, visitas virtuais a diferentes lugares, etc.
fonte:
http://styx.nied.unicamp.br:8080/todosnos/acessibilidade/textos/turismo_acessivel.html
M. Sofia Pérez Ferrés, 11 de maio de 2006
O que é Turismo Acessível
Turismo Acessível ou Turismo para Todos é uma iniciativa que visa incluir a maior parte possível da população naquelas atividades consideradas genericamente de turismo e/ou lazer:
turismo cultural (bibliotecas, museus, galerias, exposições, teatros, óperas, etc);
turismo de negócios (conferências, universidades, etc);
atividades de lazer e de tempo livre (viagens, passeios naturais, visitas a áreas protegidas, esportes, gastronomia, cinemas, etc).
Proponho um fórum de discussão sobre Turismo Acessível para discutirmos o direito de todos ao acesso e à integração plena, desde a ótica funcional e psicológica, naquelas atividades referentes às 8 horas diárias que não são utilizadas nem ao trabalho nem ao repouso, com especial enfoque àquelas pessoas com deficiência motora ou sensorial, por circunstâncias transitórias, cronológicas e/ou antropométricas.
A Importância do Turismo para Todos
A tendência da sociedade atual é uma correta utilização do tempo livre, e o lazer adquirindo uma importância fundamental para o desenvolvimento psíquico e social. Por este motivo, no fórum de discussão sobre Turismo Acessível proponho uma análise do turismo, particularizando a qualidade deste para as pessoas com alguma restrição física ou sensorial, aqueles que geralmente encontram barreiras de diversos tipos para realizar atividades de lazer/turismo.
É importante também conhecer os lugares onde "boas práticas" têm sido aplicadas, para aproximar interesse do interessado e fomentar a atitude inclusiva de certos serviços turísticos. Esse marketing boca-a-boca sobre serviços "amigos do usuário" e de lugares bem projetados pode inspirar e ajudar as agências de viagens e proprietários de negócios a empreender melhoras na acessibilidade, e talvez também a gerar políticas inclusivas no país.
Quem pode e deve colaborar para atingir essa meta
Designers e Arquitetos
Devem proporcionar, através do seu trabalho, as condições físicas (arquitetônicas, urbanísticas e ambientais) para a acessibilidade ao meio.
Prestadores de Serviços Turísticos
É necessário capacitar os prestadores de serviços turísticos sobre práticas e trato adequados, além de acessibilidade ao meio físico, para poderem potencializar a integração de todas as pessoas, independentemente do seu estado físico, ao mercado turístico. Também se propõe neste grupo de discussão mostrar o interesse que a indústria turística deveria ter no Turismo Acessível, como vantagem competitiva, já que existe uma demanda crescente de pessoas, devido ao envelhecimento da população nas economias ocidentais, que querem viajar e aproveitar ofertas turísticas, e portanto demandam melhoras na acessibilidade dos ambientes e dos serviços.
Web Designers e Programadores
Devem proporcionar o acesso à informação, que representa a primeira etapa a qualquer atividade turística. Também cabe a estes profissionais toda a adaptação daquele lazer relacionado a computadores, jogos digitais, internet, visitas virtuais a diferentes lugares, etc.
fonte:
http://styx.nied.unicamp.br:8080/todosnos/acessibilidade/textos/turismo_acessivel.html
Turismo acessivel
Vocês sabiam que há uma nova modalidade de turismo? É o chamado: turismo acessivel.
Leiam informações abaixo:
Novo site sobre Turismo Acessível
por deboramrc — Última modificação 12/01/2009 11:49 expirado
O site Turismo Adaptado é um site voltado para pessoas com deficiência, que buscam informações sobre turismo acessível.
O site traz informações sobre locais e serviços adaptados em diferentes cidades dos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, como agências de turismo e aeroportos, além de diversos artigos e vídeos sobre o assunto. Também existe uma seção com as principais feiras e eventos nesta área, assim como uma área na qual é possível conferir a legislação nacional e internacional sobre acessibilidade. Outro recurso do site é a parte de trabalhos e pesquisas que traz inúmeros projetos feitos na área de turismo acessível.
Turismo Adaptado
www.turismoadaptado.com.br
Leiam informações abaixo:
Novo site sobre Turismo Acessível
por deboramrc — Última modificação 12/01/2009 11:49 expirado
O site Turismo Adaptado é um site voltado para pessoas com deficiência, que buscam informações sobre turismo acessível.
O site traz informações sobre locais e serviços adaptados em diferentes cidades dos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, como agências de turismo e aeroportos, além de diversos artigos e vídeos sobre o assunto. Também existe uma seção com as principais feiras e eventos nesta área, assim como uma área na qual é possível conferir a legislação nacional e internacional sobre acessibilidade. Outro recurso do site é a parte de trabalhos e pesquisas que traz inúmeros projetos feitos na área de turismo acessível.
Turismo Adaptado
www.turismoadaptado.com.br
Uma cidade especial
Amigos,
Vocês já imaginaram uma cidade invertida? Invertida de que maneira? Nela, as pessoas com necessidades especiais teriam a preferência nos desenhos arquitetônicos ou seja: sua política de desenvolvimento teria essa lógica.
Esse vídeo é muito interessante, pois nos chama a atenção para a situação das pessoas deficientes nas cidades que não têm essa preocupação.
Muitas dessas pessoas acabam sofrendo constrangimentos e preconceitos.
É uma mensagem para se pensar!
Saulo
************************************************************************************
Vocês já imaginaram uma cidade invertida? Invertida de que maneira? Nela, as pessoas com necessidades especiais teriam a preferência nos desenhos arquitetônicos ou seja: sua política de desenvolvimento teria essa lógica.
Esse vídeo é muito interessante, pois nos chama a atenção para a situação das pessoas deficientes nas cidades que não têm essa preocupação.
Muitas dessas pessoas acabam sofrendo constrangimentos e preconceitos.
É uma mensagem para se pensar!
Saulo
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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Todos os garotos são iguais!
Este é um vídeo muito interessantes da AACD e capta bem o espírito de uma visão humana do outro.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Acessibilidade para pessoas portadoras de deficiências:
RESUMO
O artigo discute o tema da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiências no contexto das obras públicas e de sua fiscalização pelas instituições de controle externo no Brasil.
A metodologia utilizada foi a pesquisa pela Internet na legislação federal e fluminense, bem como na jurisprudência do TCU e diversos TCs estaduais e municipais e nos normativos referentes à execução e fiscalização de obras públicas, a exemplo do Manual FISCOBRAS do TCU. O autor valeu-se também de sua experiência pessoal na gestão pública e junto a movimentos sociais representativos de pessoas portadoras de deficiências.
Na introdução, são apresentados os conceitos atinentes à acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências, significativa parcela da população brasileira e cujos direitos têm amparo constitucional, bem como as principais referências ao tema na Constituição Federal e na Constituição do Rio de Janeiro.
No desenvolvimento, são apresentadas as normas infraconstitucionais garantidoras da acessibilidade, especialmente a Lei n.º 10.098/2000 e o Decreto n.o 5.296/2004. A seguir, examina-se o papel dos Tribunais de Contas na fiscalização de obras públicas, bem como os aspectos da legalidade, legitimidade e economicidade relacionados à acessibilidade.
De fato, segundo a norma legal, a construção, reforma ou ampliação de edificações de uso público ou coletivo, ou a mudança de destinação para estes tipos de edificação, deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.
No entanto, o exame da experiência recente e da jurisprudência dos Tribunais de Contas revela que tal dispositivo nem sempre é objeto da fiscalização exercida pelos órgãos de controle externo, constituindo uma oportunidade de melhoria para as ações fiscalizatórias.
A conclusão destaca a relevância do tema da acessibilidade no contexto do planejamento, licitação e execução de obras públicas em geral, especialmente nas construções, ampliações e reformas de edificações destinadas ao uso público, apresentando algumas sugestões para as direções das Cortes de Contas, equipes de fiscalização, gestores públicos e para o Poder Legislativo.
PALAVRAS CHAVES: Acessibilidade, Pessoas Portadoras de Deficiências, Obras Públicas, Controle Externo, Tribunal de Contas
Luiz Henrique Lima
analista de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, Economista, Especialista em Finanças Corporativas, M. Sc. em Planejamento Energético, Doutorando em Planejamento Energético
Para continuar sua leitura, clique aqui
O artigo discute o tema da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiências no contexto das obras públicas e de sua fiscalização pelas instituições de controle externo no Brasil.
A metodologia utilizada foi a pesquisa pela Internet na legislação federal e fluminense, bem como na jurisprudência do TCU e diversos TCs estaduais e municipais e nos normativos referentes à execução e fiscalização de obras públicas, a exemplo do Manual FISCOBRAS do TCU. O autor valeu-se também de sua experiência pessoal na gestão pública e junto a movimentos sociais representativos de pessoas portadoras de deficiências.
Na introdução, são apresentados os conceitos atinentes à acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências, significativa parcela da população brasileira e cujos direitos têm amparo constitucional, bem como as principais referências ao tema na Constituição Federal e na Constituição do Rio de Janeiro.
No desenvolvimento, são apresentadas as normas infraconstitucionais garantidoras da acessibilidade, especialmente a Lei n.º 10.098/2000 e o Decreto n.o 5.296/2004. A seguir, examina-se o papel dos Tribunais de Contas na fiscalização de obras públicas, bem como os aspectos da legalidade, legitimidade e economicidade relacionados à acessibilidade.
De fato, segundo a norma legal, a construção, reforma ou ampliação de edificações de uso público ou coletivo, ou a mudança de destinação para estes tipos de edificação, deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.
No entanto, o exame da experiência recente e da jurisprudência dos Tribunais de Contas revela que tal dispositivo nem sempre é objeto da fiscalização exercida pelos órgãos de controle externo, constituindo uma oportunidade de melhoria para as ações fiscalizatórias.
A conclusão destaca a relevância do tema da acessibilidade no contexto do planejamento, licitação e execução de obras públicas em geral, especialmente nas construções, ampliações e reformas de edificações destinadas ao uso público, apresentando algumas sugestões para as direções das Cortes de Contas, equipes de fiscalização, gestores públicos e para o Poder Legislativo.
PALAVRAS CHAVES: Acessibilidade, Pessoas Portadoras de Deficiências, Obras Públicas, Controle Externo, Tribunal de Contas
Luiz Henrique Lima
analista de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, Economista, Especialista em Finanças Corporativas, M. Sc. em Planejamento Energético, Doutorando em Planejamento Energético
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ACESSIBILIDADE EM EMPREENDIMENTO TURÍSTICOS
ASPECTOS DE SUSTENTABILIDADE
APLICADOS À ARQUITETURA
RURAL DE HOTÉIS-FAZENDA
CÁSSIA REGINA AMADEO TAMBURRINO PISTOR
___________________________________________________________
Mestre, arquiteta, doutoranda (Unicamp),
Funcionária concursada da Caixa Econômica Federal
(e-mail: cpist@uol.com.br ou cassia.pistori@caixa.gov.br)
ANDRÉ MUNHOZ DE ARGOLLO FERRÃO
___________________________________________________________
Ph.D., engenheiro civil, professor da Unicamp
(e-mail: argollo@fec.unicamp.br)
58
RESUMO
Este artigo apresenta um estudo para tese de doutorado a ser defendida
na Unicamp. Trata-se de um trabalho acadêmico/científico que
pretende colaborar com orientações sobre qualidade construtiva em
edificações e empreendimentos de turismo, quanto a seus aspectos técnico-
construtivos e ambientais, bem como adequações de mobiliários, materiais
de acabamento, instalações e funcionalidade dos espaços em ambientes
acessíveis à utilização das pessoas com mobilidade reduzida e ou
deficiência física. Objetiva-se estabelecer padrões arquitetônicos e construtivos
que atendam às necessidades específicas de acessibilidade, salubridade
e segurança dos usuários no meio rural, especificamente em
hotéis-fazenda, principalmente, os que se encontram na faixa etária mais
avançada ou com problemas de natureza sensorial e/ou motora, permitindo
sua socialização. Destacam-se recomendações especiais, em projetos
e construções, para pleno uso de todas as pessoas, orientando-se
pelos preceitos e diretrizes do “desenho universal”. Busca-se por meio de
avaliação arquitetônica e técnico-construtiva dos empreendimentos no
Circuito das Águas, instrumentada por estudos de psicologia ambiental e
relações de ergonomia, propor soluções para projetos e estabelecer prioridades
construtivas em edificações e seu entorno, destinadas ao turismo
rural. Para tanto, são considerados os conceitos de sustentabilidade dos
empreendimentos, norteados pelo desempenho de materiais tecnológicos
e detalhes construtivos. São identificadas nas construções de hotéis-fazenda
as seguintes características: espaços internos, fluxos, circulações,
materiais de acabamento, desenho de mobiliário, acessórios, instalações
prediais e decoração. Pretende-se estabelecer critérios para obras novas,
reformas, adequações ou adaptações atendendo às exigências de acessibilidade,
segurança e salubridade à população acometida por qualquer
restrição física, seja ela temporária, permanente ou circunstancial. Os resultados
devem proporcionar subsídios para futuros projetos e construções
com programas de necessidades equivalentes, pois suas conclusões
constituem-se em suporte técnico aos profissionais envolvidos na
elaboração de empreendimentos que atendam a essa demanda.
Palavras-chave: arquitetura rural, engenharia de empreendimentos, acessibilidade,
idosos, deficientes físicos, desenho universal.
Acessibilidade em Empreendimentos Turísticos
Para ler mais, clique aqui
APLICADOS À ARQUITETURA
RURAL DE HOTÉIS-FAZENDA
CÁSSIA REGINA AMADEO TAMBURRINO PISTOR
___________________________________________________________
Mestre, arquiteta, doutoranda (Unicamp),
Funcionária concursada da Caixa Econômica Federal
(e-mail: cpist@uol.com.br ou cassia.pistori@caixa.gov.br)
ANDRÉ MUNHOZ DE ARGOLLO FERRÃO
___________________________________________________________
Ph.D., engenheiro civil, professor da Unicamp
(e-mail: argollo@fec.unicamp.br)
58
RESUMO
Este artigo apresenta um estudo para tese de doutorado a ser defendida
na Unicamp. Trata-se de um trabalho acadêmico/científico que
pretende colaborar com orientações sobre qualidade construtiva em
edificações e empreendimentos de turismo, quanto a seus aspectos técnico-
construtivos e ambientais, bem como adequações de mobiliários, materiais
de acabamento, instalações e funcionalidade dos espaços em ambientes
acessíveis à utilização das pessoas com mobilidade reduzida e ou
deficiência física. Objetiva-se estabelecer padrões arquitetônicos e construtivos
que atendam às necessidades específicas de acessibilidade, salubridade
e segurança dos usuários no meio rural, especificamente em
hotéis-fazenda, principalmente, os que se encontram na faixa etária mais
avançada ou com problemas de natureza sensorial e/ou motora, permitindo
sua socialização. Destacam-se recomendações especiais, em projetos
e construções, para pleno uso de todas as pessoas, orientando-se
pelos preceitos e diretrizes do “desenho universal”. Busca-se por meio de
avaliação arquitetônica e técnico-construtiva dos empreendimentos no
Circuito das Águas, instrumentada por estudos de psicologia ambiental e
relações de ergonomia, propor soluções para projetos e estabelecer prioridades
construtivas em edificações e seu entorno, destinadas ao turismo
rural. Para tanto, são considerados os conceitos de sustentabilidade dos
empreendimentos, norteados pelo desempenho de materiais tecnológicos
e detalhes construtivos. São identificadas nas construções de hotéis-fazenda
as seguintes características: espaços internos, fluxos, circulações,
materiais de acabamento, desenho de mobiliário, acessórios, instalações
prediais e decoração. Pretende-se estabelecer critérios para obras novas,
reformas, adequações ou adaptações atendendo às exigências de acessibilidade,
segurança e salubridade à população acometida por qualquer
restrição física, seja ela temporária, permanente ou circunstancial. Os resultados
devem proporcionar subsídios para futuros projetos e construções
com programas de necessidades equivalentes, pois suas conclusões
constituem-se em suporte técnico aos profissionais envolvidos na
elaboração de empreendimentos que atendam a essa demanda.
Palavras-chave: arquitetura rural, engenharia de empreendimentos, acessibilidade,
idosos, deficientes físicos, desenho universal.
Acessibilidade em Empreendimentos Turísticos
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O Ensino da Arquitetura Inclusiva como Ferramenta para a Melhoria da Qualidade de Vida para Todos
Cristiane Rose Duarte & Regina Cohen.
Este artigo é resultado das atividades de ensino do Núcleo Pró-Acesso da UFRJ que contam com o apoio do Fundo de Amparo à
Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O trabalho tem sido desenvolvido pelas arquitetas Cristiane Rose de Siqueira Duarte e Regina Cohen – Coordenadoras do Núcleo Pró-
Acesso da UFRJ. Uma versão desta metodologia ganhou em 2002 o prêmio da Associação Européia de Ensino de Arquitetura (AEEA).
Veja no rodapé como mencionar este artigo.∗
RESUMO
Visando fomentar o desenvolvimento de uma visão mais holística do espaço construído, este artigo
tem por objetivo alargar o debate sobre as necessidades espaciais e psico-sociais da diversidade
humana (abrangendo desde as pessoas com deficiência até a terceira idade) no âmbito dos cursos
de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Para tanto, estaremos ilustrando nossos
questionamentos por meio de exemplos retirados de nossa experiência didática implantada na
FAU/UFRJ. Os resultados desta proposta pedagógica aqui apresentada fazem emergir diversas
questões metodológicas concernentes ao ensino do projeto arquitetônico. Entre outros aspectos,
buscamos mostrar a eficiência de métodos dinâmicos de aprendizado, que agrupam, num mesmo
curso, ensinamentos teóricos, simulações e relatos sobre as experiências vivenciadas assim como uma
freqüente e intensa atividade projetual. O mais importante, no entanto, remete-se à maneira pela qual
os estudantes de arquitetura são ensinados sobre o Outro, o que, sem dúvida, afeta sua
compreensão sobre a diversidade humana e influi decisivamente em suas futuras vidas profissionais.
Com base nos resultados obtidos, o artigo comenta que a questão da diferença humana inserida
como premissa fundamental do projeto arquitetônico de visão humanística tem revelado um poder
multiplicador que vem superando expectativas e apontando para a geração de novas mentalidades
necessárias ao planejador de nossas futuras cidades
Continue sua leitura, clique aqui
Este artigo é resultado das atividades de ensino do Núcleo Pró-Acesso da UFRJ que contam com o apoio do Fundo de Amparo à
Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O trabalho tem sido desenvolvido pelas arquitetas Cristiane Rose de Siqueira Duarte e Regina Cohen – Coordenadoras do Núcleo Pró-
Acesso da UFRJ. Uma versão desta metodologia ganhou em 2002 o prêmio da Associação Européia de Ensino de Arquitetura (AEEA).
Veja no rodapé como mencionar este artigo.∗
RESUMO
Visando fomentar o desenvolvimento de uma visão mais holística do espaço construído, este artigo
tem por objetivo alargar o debate sobre as necessidades espaciais e psico-sociais da diversidade
humana (abrangendo desde as pessoas com deficiência até a terceira idade) no âmbito dos cursos
de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Para tanto, estaremos ilustrando nossos
questionamentos por meio de exemplos retirados de nossa experiência didática implantada na
FAU/UFRJ. Os resultados desta proposta pedagógica aqui apresentada fazem emergir diversas
questões metodológicas concernentes ao ensino do projeto arquitetônico. Entre outros aspectos,
buscamos mostrar a eficiência de métodos dinâmicos de aprendizado, que agrupam, num mesmo
curso, ensinamentos teóricos, simulações e relatos sobre as experiências vivenciadas assim como uma
freqüente e intensa atividade projetual. O mais importante, no entanto, remete-se à maneira pela qual
os estudantes de arquitetura são ensinados sobre o Outro, o que, sem dúvida, afeta sua
compreensão sobre a diversidade humana e influi decisivamente em suas futuras vidas profissionais.
Com base nos resultados obtidos, o artigo comenta que a questão da diferença humana inserida
como premissa fundamental do projeto arquitetônico de visão humanística tem revelado um poder
multiplicador que vem superando expectativas e apontando para a geração de novas mentalidades
necessárias ao planejador de nossas futuras cidades
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terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Fórum de Inclusão discutiu a questão da acessibilidade
NO ano de 2005, a Metodista realizou o Fórum de Inclusão de Pessoas com Deficiências, abordando o tema “Acessibilidade: a Metodista tem compromisso”.
Foi apresentada aos participantes uma análise crítica do “Guia para Verificação de Acessibilidade nos Municípios do Grande ABC” para a elaboração de um guia interno que possa amparar as mudanças propostas pelos grupos de trabalho desenvolvidos na primeira fase do Fórum. Estiveram presentes o vice- reitor da Metodista, Clóvis Pinto de Castro; o coordenador da Pastoral Rev. Luís Eduardo Prates da Silva; a coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da Faculdade São Marcos, Grazzia Bottino; o vice-coordenador do Movimento Grande ABC para Todos, Luiz Soares da Cruz e a arquiteta da Metodista Glaucia Schneider Betts. Funcionários, e representantes do Projeto Vida (ação iniciada na Universidade para inclusão de alunos com deficiência, por meio do esporte) , também estiveram presentes.
O vice-coordenador do Movimento Grande ABC para Todos, Luiz Soares da Cruz apresentou o Guia para Verificação de Acessibilidade nos Municípios do Grande ABC. O guia inspirado em publicação canadense está sendo adaptado a realidade regional e trará diretrizes para a análise da acessibilidade na região . A publicação que será lançada em setembro contemplará as seguintes áreas: governo municipal (políticas públicas), transportes, habitação, emprego, lazer e recreação, entre outros. “O guia propõe a descrição da situação atual, acompanhamento das mudanças implementadas e soluções encontradas”, explica Luiz Soares da Cruz, do Movimento Grande ABC para Todos.
Criado no primeiro semestre de 2005, o Fórum influenciou positivamente as ações de outros setores. “O Fórum trouxe à tona esse tema com um pouco mais de força. Com isso, achamos melhor buscar uma assessoria que nos ajudasse com uma visão mais ampla”, falou o vice-reitor acadêmico, Clovis Pinto de Castro, que, por meio da Assessoria de Ensino, montou a Assessoria Pedagógica para a Inclusão da Pessoa com Deficiência. A caminhada pela inclusão andou a passos largos desde a criação da Assessoria. Com menos de um ano de implantação, ações como a contratação de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para alunos surdos, a implantação do grupo interdisciplinar de apoio pedagógico à inclusão e a instalação de softwares especialmente desenvolvidos para cegos já facilitam a vida acadêmica dos deficientes físicos e sensoriais. “ Esta reflexão em busca de soluções é um movimento de cidadania importante em busca de um movimento mais justo , humano e justo” , destacou Clóvis Pinto de Castro, vice-reitor da Universidade Metodista.
Em toda sua trajetória, a Metodista sempre se preocupou em cumprir seu papel social. Desde 2005, um tema muito importante fez com que a Universidade percebesse que precisava atuar com mais intensidade em uma área específica: a inclusão de pessoas com deficiência. Hoje, a Metodista mantém o Fórum Universitário de Inclusão de Pessoas com Deficiência e a Assessoria Pedagógica para a Inclusão da Pessoa com Deficiência “O Fórum procura trabalhar principalmente as questões atitudinais e culturais”, completou o atual coordenador do Fórum, rev. Luiz Eduardo Prates da Silva.
Adequações
Os novos prédios da Metodista construídos a partir de 2000 já foram concebidos com a preocupação da acessibilidade, segundo Gláucia Schneider Betts, arquiteta da instituição. “O nosso grande desafio foi adequar os prédios antigos, edificados na década de 70. De 2001 a 2004 foram readaptados 31 sanitários e construídos elevadores e rampas. Segundo a arquiteta, rampas de acesso, sanitários e guias rebaixadas em todo o campus foram projetadas. Em 2002 , o Edifício Delta, um dos mais antigos ganhou um elevador. Os projetos futuros são a sinalização em Braille para cegos, e adequações para os demais edifícios, como o Salão Nobre.
O que pensa o aluno deficiente visual sobre acessibilidade na universidade
Amigos,
Sabe-se que o MEC tem exigido das universidades uma política de inclusão das pessoas com necessidades especiais. Essa exigência foi regulmentada pela Portaria Normativa n. 14, de 24 de abril de 2007.
Parece que algumas universidades, do ensino privado, ainda não se adequaram a essa nova norma e os alunos continuam encontrando uma série de obstáculos.
Gostaria que você desse sua opinião sobre este assunto.
Abaixo transcrevo, com a autorização da autora, um depoimento (desabafo) a respeito das dificuldades encontradas por uma aluna universitária de Instituição Privada, no Estado de Minas Gerais.
Um abraço a todos
Saulo C Silva
*********************************************************************************
O campus da faculdade em que estudo é composto por 3 prédiosbasicamente. Os prédios não são interligados e aí já surge a primeiradificuldade: deslocar-me de um prédio para o outro quando necessário.Não há locais adequados para esta travessia e dependo da boa vontade decolegas que por ali também trafegam. O curso de Matemática está situadono mesmo prédio em que está a biblioteca. Neste prédio, temos no andartérreo a biblioteca e o laboratório de matemática; já as salas de aula,cantina e banheiros estão situados no terceiro andar e não há elevadoralgum. Os corredores do terceiro andar têm lixeiras e extintores deincêndio fixados nas paredes... vivo me esbarrando neles já que abengala não percebe estes obstáculos no chão e o impacto é quaseinevitável. Temos também o famoso orelhão de parede... como é apenas um,já decorei sua posição e não me espanco mais nele. As salas de aula sãoamplas, bem arejadas e me atendem satisfatoriamente. Os banheiros nãopossuem nenhuma forma de adaptação e andam muito mal conservadosultimamente... assim, nunca me arrisco a freqüentá-los sem o auxílio deuma colega. Os outros dois prédios têm elevadores com a devida marcação embraille nos painéis. No prédio do meio estão localizadas as coordenaçõesde curso, laboratórios de informática e biologia, tesouraria esecretaria. É complicado para mim chegar até este prédio mas, uma vezlá, consigo me direcionar bem... não porque haja cuidados especiais emrelação a nós, deficientes, mas sim porque estudei neste colégio durante12 anos e ainda tenho uma excelente memória visual de todo o complexo. O prédio principal abriga outros cursos da faculdade, uma segundacantina, uma sala de xerox, o diretório acadêmico, a capela e olaboratório de física. Neste prédio também há elevador, mas somenteum... e o prédio é gigantesco... muitas vezes é muito mais lógico,rápido e sensato usar as escadas do que procurar o elevador. Ao menos,por sorte, quase todos os ambientes que me interessam neste prédio estãolocalizados no térreo. O problema novamente é chegar lá! Meu pai me leva todos os dias à aula. O estacionamento possui vagaspara deficientes bem em frente ao prédio em que estudo. Meu pai prefereestacionar e me acompanhar até o terceiro andar pois tem medo de que umadas minhas crises de vertigem me pegue no meio das escadas. Sei bem queas vagas reservadas para deficientes destinam-se aos deficientesfísicos, o que não é meu caso. No entanto, procurei me informar e seique não há deficientes físicos naquele prédio e, somente por isso,reservo-me ao conforto de usar uma das 3 vagas por cinco minutos para quepossa subir as escadas com o apoio de meu pai. As vagas estãodevidamente marcadas mas, se as vagas laterais estiverem ocupadas, épraticamente impossível abrir as portas do carro... as vagas sãoextremamente apertadas. Ao certo, um cadeirante seria incapaz de asutilizar. Aliás, faço uso das vagas muito esporadicamente pois quasesempre estão todas elas ocupadas. O estacionamento conta sempre comvigilantes, interligados por rádios, mas eles nunca observam o devidouso das vagas. Quando me vêem subindo sozinha tentam vir me carregarpelos braços, demonstrando tremendo constrangimento por estarem as vagasocupadas. Poderia ainda me estender muito ao falar sobre a parte arquitetônicapois não citei o complexo esportivo, que é totalmente inacessível, osmuseus que existem na instituição e o herbário... mas, no dia-a-dia,relatei o essencial. Dentre os 4 laboratórios de informática, nenhum deles possui sequerum micro com programas adaptados que permitam o meu acesso. No anoletivo passado cursei a disciplina Introdução à Computação e o mesmo sófoi possível porque carregava meu leptop para todas as aulas. Asmáquinas dos laboratórios estão equipadas com o Open Office e durante asaulas desta disciplina o professor se virava em dois para poder darorientações para toda a turma lidar com o Open Office e para mim poderlidar com o Office. O professor esforçou-se ao máximo para me dar outrasatividades enquanto passava para a turma algumas atividades que ele nãovia como ser possível adaptar para mim... sentia-me como um peixe forad'água. Quando cursei as disciplinas Biologia Geral e Estágio Supervisionadode Ciências, deveríamos ter feito uso do laboratório de Biologia, domuseu de História Natural e do herbário. No entanto, estes recursos nãoforam aproveitados pelos professores... não sei se por displicência oupor não terem de se dar ao trabalho de me inserir nos ambientes. Já cursei Física I, II e III e, concomitantemente, freqüentávamossemanalmente o laboratório de Física. Os equipamentos lá não sãoadaptados e, sinceramente, nem sei como o mesmo poderia ser feito. Ostrabalhos são feitos em equipe e o professor fazia questão de, antes detodas as experiências, colocar os equipamentos em minhas mãos, explicaros detalhes do mesmo e me narrar o que sucedia durante a experimentação.Quando estudávamos mecânica, era bem mais simples pois eu podia sentircom as mãos as experiências durante sua execução... mas, quandocomeçamos a lidar com eletricidade, o melhor era me manter à distância! A instituição tem um site próprio e o mesmo é pouquíssimo útil paramim. Consigo acessar apenas o setor da biblioteca e o "aluno on line". Olink da biblioteca possibilita-me fazer pesquisas por temas, autores outítulos... além de reservas e renovações. Já a área pessoal dos alunosviabilizam que eu tenha acesso a 2ª via de boletos bancários, notaslançadas no sistema, atualização de currículo, grade de horários... masa parte mais interessante praticamente não funciona: disponibilização dematerial para download. Os professores podem disponibilizar para osalunos quaisquer materiais digitalizados que queiram, mas raramente ofazem... preferem entregar listas e mais listas de papel a seremxerocados em sala do que lançar tias materiais no site e poupar tempo edinheiro de todos os alunos e o meu trabalho de digitação! A biblioteca não conta com nenhum título em braille. Uso-afreqüentemente para buscar livros que terei de escanear posteriormenteou digitar linha a linha com o auxílio de um ledor que me atende 3 vezespor semana e custeado por mim mesma, é claro. Em sala, não há a menor preocupação ou constrangimento ementregarem-me materiais grafados à tinta... braille ou digitalizados nempensar. Quando iniciei as aulas, encontrei um corpo docente e administrativocompletamente despreparado para lidar com minha deficiência. Professoresmais bem dispostos e eu fomos nos entendendo aos poucos e aprendendo acomo lidar uns com os outros... a maioria diz que foi observando meucomportamento que conseguiu vislumbrar formas de adaptar suas aulas paramelhor me atender... alguns não se deram a este trabalho e tive, então,de correr atrás do prejuízo sozinha e com o auxílio de alguns colegas. Agrande maioria dos professores pareceu encarar-me como um desafio a sersuperado e perceberam que o meu sucesso era conseqüência do sucessodeles também. A professora Denise, que leciona Geometria Plana eEspacial, adaptou provas para que eu as fizesse no micro... detalhouminuciosamente as ilustrações, concedeu-me tempo extra e, em algumasquestões, vinha até mim e fazia questão de pegar em minhas mãos paradetalhar as figuras, receando não ter ficado bem feita a descrição naprova... tudo foi perfeito... e, definitivamente, por puro e simplesmérito dela. A instituição sequer tomou conhecimento de taisiniciativas. Tenho o hábito de gravar as aulas para poder, posteriormente,transcrevê-las em casa. Não houve resistência alguma quanto ao uso dogravador por parte da instituição e nem dos professores. Enfim, Saulo.... acho que falei pra caramba, né?! Trocando em miúdos, o problema maior é não poder contar com materialdidático adaptado e perceber que não há o menor interesse da faculdadeem mudar tal situação. Se desejar que esclareça melhor algum ponto, basta dizer. Grande abraço. Glenda
Sabe-se que o MEC tem exigido das universidades uma política de inclusão das pessoas com necessidades especiais. Essa exigência foi regulmentada pela Portaria Normativa n. 14, de 24 de abril de 2007.
Parece que algumas universidades, do ensino privado, ainda não se adequaram a essa nova norma e os alunos continuam encontrando uma série de obstáculos.
Gostaria que você desse sua opinião sobre este assunto.
Abaixo transcrevo, com a autorização da autora, um depoimento (desabafo) a respeito das dificuldades encontradas por uma aluna universitária de Instituição Privada, no Estado de Minas Gerais.
Um abraço a todos
Saulo C Silva
*********************************************************************************
O campus da faculdade em que estudo é composto por 3 prédiosbasicamente. Os prédios não são interligados e aí já surge a primeiradificuldade: deslocar-me de um prédio para o outro quando necessário.Não há locais adequados para esta travessia e dependo da boa vontade decolegas que por ali também trafegam. O curso de Matemática está situadono mesmo prédio em que está a biblioteca. Neste prédio, temos no andartérreo a biblioteca e o laboratório de matemática; já as salas de aula,cantina e banheiros estão situados no terceiro andar e não há elevadoralgum. Os corredores do terceiro andar têm lixeiras e extintores deincêndio fixados nas paredes... vivo me esbarrando neles já que abengala não percebe estes obstáculos no chão e o impacto é quaseinevitável. Temos também o famoso orelhão de parede... como é apenas um,já decorei sua posição e não me espanco mais nele. As salas de aula sãoamplas, bem arejadas e me atendem satisfatoriamente. Os banheiros nãopossuem nenhuma forma de adaptação e andam muito mal conservadosultimamente... assim, nunca me arrisco a freqüentá-los sem o auxílio deuma colega. Os outros dois prédios têm elevadores com a devida marcação embraille nos painéis. No prédio do meio estão localizadas as coordenaçõesde curso, laboratórios de informática e biologia, tesouraria esecretaria. É complicado para mim chegar até este prédio mas, uma vezlá, consigo me direcionar bem... não porque haja cuidados especiais emrelação a nós, deficientes, mas sim porque estudei neste colégio durante12 anos e ainda tenho uma excelente memória visual de todo o complexo. O prédio principal abriga outros cursos da faculdade, uma segundacantina, uma sala de xerox, o diretório acadêmico, a capela e olaboratório de física. Neste prédio também há elevador, mas somenteum... e o prédio é gigantesco... muitas vezes é muito mais lógico,rápido e sensato usar as escadas do que procurar o elevador. Ao menos,por sorte, quase todos os ambientes que me interessam neste prédio estãolocalizados no térreo. O problema novamente é chegar lá! Meu pai me leva todos os dias à aula. O estacionamento possui vagaspara deficientes bem em frente ao prédio em que estudo. Meu pai prefereestacionar e me acompanhar até o terceiro andar pois tem medo de que umadas minhas crises de vertigem me pegue no meio das escadas. Sei bem queas vagas reservadas para deficientes destinam-se aos deficientesfísicos, o que não é meu caso. No entanto, procurei me informar e seique não há deficientes físicos naquele prédio e, somente por isso,reservo-me ao conforto de usar uma das 3 vagas por cinco minutos para quepossa subir as escadas com o apoio de meu pai. As vagas estãodevidamente marcadas mas, se as vagas laterais estiverem ocupadas, épraticamente impossível abrir as portas do carro... as vagas sãoextremamente apertadas. Ao certo, um cadeirante seria incapaz de asutilizar. Aliás, faço uso das vagas muito esporadicamente pois quasesempre estão todas elas ocupadas. O estacionamento conta sempre comvigilantes, interligados por rádios, mas eles nunca observam o devidouso das vagas. Quando me vêem subindo sozinha tentam vir me carregarpelos braços, demonstrando tremendo constrangimento por estarem as vagasocupadas. Poderia ainda me estender muito ao falar sobre a parte arquitetônicapois não citei o complexo esportivo, que é totalmente inacessível, osmuseus que existem na instituição e o herbário... mas, no dia-a-dia,relatei o essencial. Dentre os 4 laboratórios de informática, nenhum deles possui sequerum micro com programas adaptados que permitam o meu acesso. No anoletivo passado cursei a disciplina Introdução à Computação e o mesmo sófoi possível porque carregava meu leptop para todas as aulas. Asmáquinas dos laboratórios estão equipadas com o Open Office e durante asaulas desta disciplina o professor se virava em dois para poder darorientações para toda a turma lidar com o Open Office e para mim poderlidar com o Office. O professor esforçou-se ao máximo para me dar outrasatividades enquanto passava para a turma algumas atividades que ele nãovia como ser possível adaptar para mim... sentia-me como um peixe forad'água. Quando cursei as disciplinas Biologia Geral e Estágio Supervisionadode Ciências, deveríamos ter feito uso do laboratório de Biologia, domuseu de História Natural e do herbário. No entanto, estes recursos nãoforam aproveitados pelos professores... não sei se por displicência oupor não terem de se dar ao trabalho de me inserir nos ambientes. Já cursei Física I, II e III e, concomitantemente, freqüentávamossemanalmente o laboratório de Física. Os equipamentos lá não sãoadaptados e, sinceramente, nem sei como o mesmo poderia ser feito. Ostrabalhos são feitos em equipe e o professor fazia questão de, antes detodas as experiências, colocar os equipamentos em minhas mãos, explicaros detalhes do mesmo e me narrar o que sucedia durante a experimentação.Quando estudávamos mecânica, era bem mais simples pois eu podia sentircom as mãos as experiências durante sua execução... mas, quandocomeçamos a lidar com eletricidade, o melhor era me manter à distância! A instituição tem um site próprio e o mesmo é pouquíssimo útil paramim. Consigo acessar apenas o setor da biblioteca e o "aluno on line". Olink da biblioteca possibilita-me fazer pesquisas por temas, autores outítulos... além de reservas e renovações. Já a área pessoal dos alunosviabilizam que eu tenha acesso a 2ª via de boletos bancários, notaslançadas no sistema, atualização de currículo, grade de horários... masa parte mais interessante praticamente não funciona: disponibilização dematerial para download. Os professores podem disponibilizar para osalunos quaisquer materiais digitalizados que queiram, mas raramente ofazem... preferem entregar listas e mais listas de papel a seremxerocados em sala do que lançar tias materiais no site e poupar tempo edinheiro de todos os alunos e o meu trabalho de digitação! A biblioteca não conta com nenhum título em braille. Uso-afreqüentemente para buscar livros que terei de escanear posteriormenteou digitar linha a linha com o auxílio de um ledor que me atende 3 vezespor semana e custeado por mim mesma, é claro. Em sala, não há a menor preocupação ou constrangimento ementregarem-me materiais grafados à tinta... braille ou digitalizados nempensar. Quando iniciei as aulas, encontrei um corpo docente e administrativocompletamente despreparado para lidar com minha deficiência. Professoresmais bem dispostos e eu fomos nos entendendo aos poucos e aprendendo acomo lidar uns com os outros... a maioria diz que foi observando meucomportamento que conseguiu vislumbrar formas de adaptar suas aulas paramelhor me atender... alguns não se deram a este trabalho e tive, então,de correr atrás do prejuízo sozinha e com o auxílio de alguns colegas. Agrande maioria dos professores pareceu encarar-me como um desafio a sersuperado e perceberam que o meu sucesso era conseqüência do sucessodeles também. A professora Denise, que leciona Geometria Plana eEspacial, adaptou provas para que eu as fizesse no micro... detalhouminuciosamente as ilustrações, concedeu-me tempo extra e, em algumasquestões, vinha até mim e fazia questão de pegar em minhas mãos paradetalhar as figuras, receando não ter ficado bem feita a descrição naprova... tudo foi perfeito... e, definitivamente, por puro e simplesmérito dela. A instituição sequer tomou conhecimento de taisiniciativas. Tenho o hábito de gravar as aulas para poder, posteriormente,transcrevê-las em casa. Não houve resistência alguma quanto ao uso dogravador por parte da instituição e nem dos professores. Enfim, Saulo.... acho que falei pra caramba, né?! Trocando em miúdos, o problema maior é não poder contar com materialdidático adaptado e perceber que não há o menor interesse da faculdadeem mudar tal situação. Se desejar que esclareça melhor algum ponto, basta dizer. Grande abraço. Glenda
domingo, 18 de janeiro de 2009
PDE - Plano de Desenvolvimento da Educação
Universidades farão adequações para pessoas com deficiência
O Programa Incluir: Acessibilidade na Educação Superior foi criado para apoiar a implantação ou consolidação de núcleos de acessibilidade nas universidades federais. O MEC pretende eliminar as barreiras pedagógicas, arquitetônicas e de comunicação para efetivar a política de acessibilidade universal. Serão implantados 265 projetos em quatro anos.
Os núcleos ampliarão o acesso das pessoas com deficiência em todos os espaços, ambientes, materiais, ações e processos desenvolvidos na instituição, como projetos de pesquisa, intercâmbio, cooperação técnico-científica.
Cada instituição deverá enviar uma proposta ao MEC entre 2 e 31 de maio com a descrição de como será estruturado o núcleo. Os pedidos serão avaliados e devem seguir as orientações do edital publicado pelo MEC em abril. O resultado sai dia 18 de junho.
Orçamento - O MEC vai aplicar R$ 2 milhões para apoiar os 265 projetos, com previsão de instalação em até quatro anos. Será um projeto por instituição. Cada proposta pode receber até R$ 100 mil. Após a divulgação dos contemplados, as universidades federais têm até 6 meses para implantar o núcleo.
Atualizado em 27/02/2008 - O Ministério da Educação ampliou os recursos para o Programa Incluir, de acessibilidade à educação superior. Em 2007, foram liberados R$ 2 milhões para os 38 projetos aprovados. Este ano, serão investidos R$ 4,4 milhões; em 2009, R$ 5 milhões; em 2010, R$ 6,2 milhões; em 2011, R$ 9,3 milhões. Ao final dos quatro anos, o MEC terá investido mais de R$ 25 milhões para garantir o acesso e a permanência de pessoas com deficiência nas instituições públicas de educação superior.
Fonte:
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pde/incluir.html
O Programa Incluir: Acessibilidade na Educação Superior foi criado para apoiar a implantação ou consolidação de núcleos de acessibilidade nas universidades federais. O MEC pretende eliminar as barreiras pedagógicas, arquitetônicas e de comunicação para efetivar a política de acessibilidade universal. Serão implantados 265 projetos em quatro anos.
Os núcleos ampliarão o acesso das pessoas com deficiência em todos os espaços, ambientes, materiais, ações e processos desenvolvidos na instituição, como projetos de pesquisa, intercâmbio, cooperação técnico-científica.
Cada instituição deverá enviar uma proposta ao MEC entre 2 e 31 de maio com a descrição de como será estruturado o núcleo. Os pedidos serão avaliados e devem seguir as orientações do edital publicado pelo MEC em abril. O resultado sai dia 18 de junho.
Orçamento - O MEC vai aplicar R$ 2 milhões para apoiar os 265 projetos, com previsão de instalação em até quatro anos. Será um projeto por instituição. Cada proposta pode receber até R$ 100 mil. Após a divulgação dos contemplados, as universidades federais têm até 6 meses para implantar o núcleo.
Atualizado em 27/02/2008 - O Ministério da Educação ampliou os recursos para o Programa Incluir, de acessibilidade à educação superior. Em 2007, foram liberados R$ 2 milhões para os 38 projetos aprovados. Este ano, serão investidos R$ 4,4 milhões; em 2009, R$ 5 milhões; em 2010, R$ 6,2 milhões; em 2011, R$ 9,3 milhões. Ao final dos quatro anos, o MEC terá investido mais de R$ 25 milhões para garantir o acesso e a permanência de pessoas com deficiência nas instituições públicas de educação superior.
Fonte:
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pde/incluir.html
ACESSIBILIDADE NA UNIVERSIDADE: repensando os processo inclusivos
Resumo: Este artigo apresenta as características, ações e discussões
do projeto de extensão “Acessibilidade na Universidade”, que
tem por finalidade propiciar o aprendizado de como se pode trabalhar
a questão dos processos inclusivos na universidade, tendo como
perspectiva a identidade/diferença dos sujeitos e a necessidade de
adaptação dos espaços físicos. O projeto utiliza estratégias de vivências,
informações, grupo de estudos sobre os processos de inclusão
e desenvolve projetos na área de Engenharia Civil para reestruturar
os espaços físicos da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Desde
2006 o projeto já atingiu um público de aproximadamente três
mil pessoas, entre funcionários, acadêmicos e professores. Desta
forma, os participantes têm promovido discussões, visando aprofundar
conhecimentos sobre o desenvolvimento dos múltiplos sujeitos
nas práticas sociais inclusivas e proporcionar o acesso e a permanência
dos mesmos nos espaços universitários.
Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.
do projeto de extensão “Acessibilidade na Universidade”, que
tem por finalidade propiciar o aprendizado de como se pode trabalhar
a questão dos processos inclusivos na universidade, tendo como
perspectiva a identidade/diferença dos sujeitos e a necessidade de
adaptação dos espaços físicos. O projeto utiliza estratégias de vivências,
informações, grupo de estudos sobre os processos de inclusão
e desenvolve projetos na área de Engenharia Civil para reestruturar
os espaços físicos da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Desde
2006 o projeto já atingiu um público de aproximadamente três
mil pessoas, entre funcionários, acadêmicos e professores. Desta
forma, os participantes têm promovido discussões, visando aprofundar
conhecimentos sobre o desenvolvimento dos múltiplos sujeitos
nas práticas sociais inclusivas e proporcionar o acesso e a permanência
dos mesmos nos espaços universitários.
Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Convite à reflexão: artigo debate a questão da deficiência na sociedade e da necessidade de inclusão
Assessoria de imprensa da vereadora Mara GabrilliSão Paulo - SP, 10/01/2008
Artigo publicado na Revista do Advogado discute os direitos das pessoas com deficiência
Comentário SACI: Publicado em 22/12/2007
Mara Gabrilli
A vereadora Mara Gabrilli escreveu o artigo "Quem é deficiente: a cidade ou as pessoas que têm uma limitação física ou sensorial?" para a edição de dezembro da Revista do Advogado, publicada pela Associação dos Advogados de São Paulo (AASP). A publicação discutiu os direitos das pessoas com deficiência e contou com quinze articulistas falando de temas relativos às pessoas com deficiência. Com tiragem de 86 mil exemplares e 151 páginas, a revista foi lançada em 5 de dezembro.
A última edição de 2007 da Revista do Advogado, publicada pela Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), foi coordenada pelo ex-presidente da AASP, José Diogo Bastos Neto. De acordo com Bastos Neto, este número da revista é um manual para a defesa dos direitos das pessoas com deficiência. "Este trabalho convida à reflexão de todos sobre a necessidade de se apoiarem medidas e ações direcionadas à melhoria de vida do cidadão com deficiência, por meio de políticas públicas e iniciativas da sociedade civil organizada, pois, dessa forma, estaremos contribuindo para a construção de um país melhor".
Conheça abaixo todos os temas e articulistas presentes na Revista do Advogado e, na sequência, leia o artigo da vereadora Mara Gabrilli que afirma que a grande mudança para promover a inclusão deve ser na atitude. "A palavra cidade vem do latim civitate. No direito público romano, civitate era o conjunto dos cidadãos que constituíam uma cidade. Desta nobre palavra, ainda se deriva o vocábulo cidadania que é a qualidade de ser cidadão, o indivíduo no gozo de seus direitos. As cidades precisam se transformar em um lugar para todos. Porque a diversidade humana não é um peso, mas sim uma grande riqueza. Uma riqueza inestimável, eu diria. Precisamos valorizar essa riqueza e promover o encontro entre as pessoas. Parece tão simples, mas isso não acontece."
- A Pessoa com Deficiência sob a Ótica do Judiciário, Antônio Carlos Mathias Coltro; - Interdição Judicial da Pessoa com Deficiência Intelectual, Daniel Souza Campos Miziara; - Gestão no Terceiro Setor, Fábio Ramazzini Bechara e Nelson Bechara Filho; - Mudanças de Critérios de Conceitos... Serão Definitivas?, Jô Clemente; - A Proteção Constitucional das Pessoas Portadoras de Deficiência, José Luiz Ragazzi e Luiz Alberto David Araujo; - Tutela Jurisdicional das Pessoas Portadoras de Deficiência, José Rogério Cruz e Tucci; - Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: Nova Ferramenta de Inclusão, Laís Vanessa C. de Figueirêdo Lopes; - Pessoa com Deficiência e o Direito à Educação, Lauro Luiz Gomes Ribeiro; - A Proteção Trabalhista ao Portador de Deficiência Física e as Questões Jurídicas Decorrentes, Luís Carlos Moro; - Quem é Deficiente: a Cidade ou as Pessoas que têm uma Limitação Física ou Sensorial?, Mara Gabrilli; - Assistência Social – O Benefício de Prestação Continuada, Marisa Ferreira dos Santos; - Direito ao Transporte Público, Nivaldo Sebastião Vícola; - A Dignidade da Pessoa Humana e o Papel do Julgador, Rizzatto Nunes; - Justiça Penal e a Pessoa com Deficiência, Sérgio Rosenthal; - O Deficiente na Perspectiva da Antropologia Filosófica, Tercio Sampaio Ferraz Junior.
Quem é deficiente: a cidade ou as pessoas que têm uma limitação física ou sensorial?
Continue sua leitura
Artigo publicado na Revista do Advogado discute os direitos das pessoas com deficiência
Comentário SACI: Publicado em 22/12/2007
Mara Gabrilli
A vereadora Mara Gabrilli escreveu o artigo "Quem é deficiente: a cidade ou as pessoas que têm uma limitação física ou sensorial?" para a edição de dezembro da Revista do Advogado, publicada pela Associação dos Advogados de São Paulo (AASP). A publicação discutiu os direitos das pessoas com deficiência e contou com quinze articulistas falando de temas relativos às pessoas com deficiência. Com tiragem de 86 mil exemplares e 151 páginas, a revista foi lançada em 5 de dezembro.
A última edição de 2007 da Revista do Advogado, publicada pela Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), foi coordenada pelo ex-presidente da AASP, José Diogo Bastos Neto. De acordo com Bastos Neto, este número da revista é um manual para a defesa dos direitos das pessoas com deficiência. "Este trabalho convida à reflexão de todos sobre a necessidade de se apoiarem medidas e ações direcionadas à melhoria de vida do cidadão com deficiência, por meio de políticas públicas e iniciativas da sociedade civil organizada, pois, dessa forma, estaremos contribuindo para a construção de um país melhor".
Conheça abaixo todos os temas e articulistas presentes na Revista do Advogado e, na sequência, leia o artigo da vereadora Mara Gabrilli que afirma que a grande mudança para promover a inclusão deve ser na atitude. "A palavra cidade vem do latim civitate. No direito público romano, civitate era o conjunto dos cidadãos que constituíam uma cidade. Desta nobre palavra, ainda se deriva o vocábulo cidadania que é a qualidade de ser cidadão, o indivíduo no gozo de seus direitos. As cidades precisam se transformar em um lugar para todos. Porque a diversidade humana não é um peso, mas sim uma grande riqueza. Uma riqueza inestimável, eu diria. Precisamos valorizar essa riqueza e promover o encontro entre as pessoas. Parece tão simples, mas isso não acontece."
- A Pessoa com Deficiência sob a Ótica do Judiciário, Antônio Carlos Mathias Coltro; - Interdição Judicial da Pessoa com Deficiência Intelectual, Daniel Souza Campos Miziara; - Gestão no Terceiro Setor, Fábio Ramazzini Bechara e Nelson Bechara Filho; - Mudanças de Critérios de Conceitos... Serão Definitivas?, Jô Clemente; - A Proteção Constitucional das Pessoas Portadoras de Deficiência, José Luiz Ragazzi e Luiz Alberto David Araujo; - Tutela Jurisdicional das Pessoas Portadoras de Deficiência, José Rogério Cruz e Tucci; - Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: Nova Ferramenta de Inclusão, Laís Vanessa C. de Figueirêdo Lopes; - Pessoa com Deficiência e o Direito à Educação, Lauro Luiz Gomes Ribeiro; - A Proteção Trabalhista ao Portador de Deficiência Física e as Questões Jurídicas Decorrentes, Luís Carlos Moro; - Quem é Deficiente: a Cidade ou as Pessoas que têm uma Limitação Física ou Sensorial?, Mara Gabrilli; - Assistência Social – O Benefício de Prestação Continuada, Marisa Ferreira dos Santos; - Direito ao Transporte Público, Nivaldo Sebastião Vícola; - A Dignidade da Pessoa Humana e o Papel do Julgador, Rizzatto Nunes; - Justiça Penal e a Pessoa com Deficiência, Sérgio Rosenthal; - O Deficiente na Perspectiva da Antropologia Filosófica, Tercio Sampaio Ferraz Junior.
Quem é deficiente: a cidade ou as pessoas que têm uma limitação física ou sensorial?
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Educação Inclusiva: Componente da Formação de Educadores
Instituto Benjamin Constant23/01/2008
Falta formação especializada para professores atenderem pessoas com deficiência
Comentário SACI: Artigo publicado na Revista Benjamin Constant de Dezembro de 2007 Ano 13 Número 38
Marilda Moraes Garcia Bruno
Resumo A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular requer uma revisão conceitual da estrutura curricular dos cursos de formação de professores. Este trabalho discute os fundamentos, a política, as possibilidades e os limites da proposta de formação de educadores para o ensino regular e o especial. Trata-se de um estudo na perspectiva sociocultural, com suporte reflexivo de grupos focais, para formação continuada de professores no contexto escolar. As pesquisas sobre a inclusão escolar enfatizam a necessidade de reflexão sobre: as concepções, crenças e atitudes diante da diversidade, diferença e multiculturalidade; a qualidade das ofertas educativas e da gestão escolar; e a necessidade de rever os programas de formação inicial e continuada de professores. O debate acerca da formação de professores para atuação no sistema regular e na Educação Especial tem gerado polêmica, contradições e omissões. Torna-se imprescindível focalizar este tema na revisão dos cursos de Pedagogia e nas demais licenciaturas, para que não fique restrito ao campo da especialização, como sugere a Resolução CNE/CP nº 01/2006. As discussões e análises preliminares deste estudo anunciam a exigência de uma articulação dialógica e ações transdisciplinares entre professores da Educação Especial e do ensino regular, gestores, coordenadores pedagógicos, pais e comunidade escolar tendo em vista a (re)elaboração do projeto e a construção de práticas pedagógicas que assegurem o direito à diversidade, o acesso ao conhecimento e a inclusão de todos os educandos.
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Falta formação especializada para professores atenderem pessoas com deficiência
Comentário SACI: Artigo publicado na Revista Benjamin Constant de Dezembro de 2007 Ano 13 Número 38
Marilda Moraes Garcia Bruno
Resumo A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular requer uma revisão conceitual da estrutura curricular dos cursos de formação de professores. Este trabalho discute os fundamentos, a política, as possibilidades e os limites da proposta de formação de educadores para o ensino regular e o especial. Trata-se de um estudo na perspectiva sociocultural, com suporte reflexivo de grupos focais, para formação continuada de professores no contexto escolar. As pesquisas sobre a inclusão escolar enfatizam a necessidade de reflexão sobre: as concepções, crenças e atitudes diante da diversidade, diferença e multiculturalidade; a qualidade das ofertas educativas e da gestão escolar; e a necessidade de rever os programas de formação inicial e continuada de professores. O debate acerca da formação de professores para atuação no sistema regular e na Educação Especial tem gerado polêmica, contradições e omissões. Torna-se imprescindível focalizar este tema na revisão dos cursos de Pedagogia e nas demais licenciaturas, para que não fique restrito ao campo da especialização, como sugere a Resolução CNE/CP nº 01/2006. As discussões e análises preliminares deste estudo anunciam a exigência de uma articulação dialógica e ações transdisciplinares entre professores da Educação Especial e do ensino regular, gestores, coordenadores pedagógicos, pais e comunidade escolar tendo em vista a (re)elaboração do projeto e a construção de práticas pedagógicas que assegurem o direito à diversidade, o acesso ao conhecimento e a inclusão de todos os educandos.
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Sem cerca de arame farpado
Autoria: Teresa da Costa D´Amaral
Não estamos em guerra. Nem mesmo procuramos esconder com cerca de arame farpado. Mas o Brasil tem seu próprio campo de concentração. Mantemos entre nós aproximadamente dois milhões de brasileiros deficientes sobrevivendo sem nenhuma possibilidade de acesso à saúde, educação, à reabilitação.
A Organização das Nações Unidas calcula que a população deficiente em países com as características sócio-econômicas do Brasil é 10% da população global. Assim, cerca de 15 milhões de brasileiros portam algum tipo de deficiência, mental, física ou senrorial. Nem estatísticas oficiais temos. E se juntarmos a esse número os estudos que dizem que 12% da população vivem com até meio salário-mínimo, teremos em torno de dois milhões de deficientes sobrevivendo com essa renda familiar.
A Nação brasileira mantém cerca de dois milhões de brasileiros presos em suas deficiências, sem as mínimas condições de respeito ao ser humano. Cegos sem bengalas, amputados sem muletas, paraplégicos sem cadeiras de rodas, surdos sem comunicação, deficientes mentais isolados, todos vivendo no fundo do nosso quintal, no nosso quarto dos fundos, como se o mundo já não vivesse as grandes perspectivas de integração do deficiente.
Temos um grande campo de concentração escondido na inconsciência generalizada e não nos devemos contentar com uma lista de Schindler pessoal. É preciso ganhar a guerra. É preciso denunciar que o campo existe e que só poderemos viver uma democracia quando a guerra for vencida, quando. houver em nosso país consciência da existência de 15 milhões de brasileiros portadores de deficiência com os mesmos direitos e deveres de todos nós.
Antes de qualquer avanço nesse campo, uma posição importante a ser conquistada é a transformação do que hoje muitos acreditam ser um problema menor, um problema do outro, em uma preocupação da sociedade. As minorias estão encontrando seu espaço entre as reivindicações de cidadania e é preciso fazer reconhecer a questão do deficiente como uma questão social. Porque ela é mais do que um, problema de educação especial, de reabilitação física ou profissional, de inserção no mercado de trabalho. É mais do que a atitude de discriminação e preconceito que grande parte dos deficientes sente diariamente. A questão da deficiência em nosso país é uma questão de democracia e direitos, é uma questão de cidadania, é uma questão social.
Ainda reivindicamos ser uma questão social. Precisamos que descubram nosso campo de concentração.
A situação limite do deficiente, onde a complexidade dos problemas sociais se concentra ao máximo, pode mostrar suas características eminentemente sociais. A construção da cidadania do deficiente é uma batalha quotidiana, o acesso aos direitos civis, políticos, sociais e coletivos, direito a saúde, educação, trabalho, cultura, lazer, é uma exacerbação das dificuldades dos outros cidadãos.
Conquistas de direitos, responsabilidades do Estado, papel da sociedade, intervenção com resultados a longo prazo são pontos cruciais da questão do deficiente, problemas comuns na nossa democracia por construir, mas acrescentemos a eles o preconceito, a discriminação, a marginalização e podemos perceber que e a compreensão do relacionamento entre diferença e igualdade, ponto primordial da questão da deficiência, é também chave na construção da democracia.
Porque o que o deficiente quer é o direito à igualdade. Não o direito de ser igual, mas a possibilidade de, sendo diferente, ter acesso aos mesmos direitos. Ter respeitada sua diversidade, o conteúdo da sua competência e não a medida da sua eficiência, ter a marca do humano sobressaindo como possibilidade de sua diversidade.
Diariamente o deficiente tem desrespeitados seus direitos básicos. Construí-los no entanto é simples. Não são necessários nem bilhões de dólares de investimento, nem inovações tecnológicas difíceis de alcançar, nem grandes obras, nem mesmo reformas profundas ou legislações básicas. É preciso vencer a barreira do preconceito e do desconhecimento. O direito às compensações vem sendo construído nos países do Primeiro Mundo. O princípio de integração que prega a possibilidade e o direito de o deficiente viver inserido em nossa sociedade é um facilitador na medida que repudia qualquer forma de excepcionalidade, tanto aquela que se grega mantendo o deficiente longe quanto aquela que superprotege tendo o deficiente diferente. A integração, impondo a todos nos o desafio do convívio dos diferentes, permite construir os mecanismos da igualdade através da educação especial da reabilitação, das complementações tecnológicas, da formação e inserção profissional adequadas, do esporte adaptado e inventa formas de ir descobrindo a democracia e a igualdade.
Existe um conluio secreto entre sociedade e Estado em nosso país em relação à questão do deficiente.
Esse acordo começa com a manutenção do assistencialismo e do paternalismo, passa pelas falsas políticas de participação e se completa quando entende a deficiência e aceita a cidadania incompleta dos diferentes.
É preciso romper essa barreira, vencer essa batalha, desenvolver um estratégia para ganhar a guerra. Neste fim de século só existe uma grande batalha para os que estão envolvidos com a questão em nosso país: a conscientização do Estado e da Sociedade. E pode existir um grande aliado: a informação.
Os centros de produção de conhecimento, em especial a universidade como produtora e disseminadora de saber, podem ser a base para a construção dessa aliança. Mas são os meio de comunicação, divulgadores de conhecimento e formadores de opinião, que definição a nossa vitória. Só com um novo pacto, com o engajamento dos formadores de opinião, poderemos construir uma nova consciência sobre a deficiência.
É preciso fazer conhecida a questão social da pessoa portadora de decifiência, é preciso produzir e fazer circular informações, mobilizar comunidades, chamar à participação, construir políticas públicas.
Em nosso país reivindicamos ainda cidadania. Ainda temos campos de concentração a serem abertos. A democracia precisa ser construída. E o deficiente deve fazer parte dessa construção.
TEREZA COSTA D`AMARAL
Presidente do Instituto Brasileiro de Defesa dos
Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência e
Membro do Grupo de Defesa da Criança.
http://www.rebidia.org.br/gdc/aramefar.html
Não estamos em guerra. Nem mesmo procuramos esconder com cerca de arame farpado. Mas o Brasil tem seu próprio campo de concentração. Mantemos entre nós aproximadamente dois milhões de brasileiros deficientes sobrevivendo sem nenhuma possibilidade de acesso à saúde, educação, à reabilitação.
A Organização das Nações Unidas calcula que a população deficiente em países com as características sócio-econômicas do Brasil é 10% da população global. Assim, cerca de 15 milhões de brasileiros portam algum tipo de deficiência, mental, física ou senrorial. Nem estatísticas oficiais temos. E se juntarmos a esse número os estudos que dizem que 12% da população vivem com até meio salário-mínimo, teremos em torno de dois milhões de deficientes sobrevivendo com essa renda familiar.
A Nação brasileira mantém cerca de dois milhões de brasileiros presos em suas deficiências, sem as mínimas condições de respeito ao ser humano. Cegos sem bengalas, amputados sem muletas, paraplégicos sem cadeiras de rodas, surdos sem comunicação, deficientes mentais isolados, todos vivendo no fundo do nosso quintal, no nosso quarto dos fundos, como se o mundo já não vivesse as grandes perspectivas de integração do deficiente.
Temos um grande campo de concentração escondido na inconsciência generalizada e não nos devemos contentar com uma lista de Schindler pessoal. É preciso ganhar a guerra. É preciso denunciar que o campo existe e que só poderemos viver uma democracia quando a guerra for vencida, quando. houver em nosso país consciência da existência de 15 milhões de brasileiros portadores de deficiência com os mesmos direitos e deveres de todos nós.
Antes de qualquer avanço nesse campo, uma posição importante a ser conquistada é a transformação do que hoje muitos acreditam ser um problema menor, um problema do outro, em uma preocupação da sociedade. As minorias estão encontrando seu espaço entre as reivindicações de cidadania e é preciso fazer reconhecer a questão do deficiente como uma questão social. Porque ela é mais do que um, problema de educação especial, de reabilitação física ou profissional, de inserção no mercado de trabalho. É mais do que a atitude de discriminação e preconceito que grande parte dos deficientes sente diariamente. A questão da deficiência em nosso país é uma questão de democracia e direitos, é uma questão de cidadania, é uma questão social.
Ainda reivindicamos ser uma questão social. Precisamos que descubram nosso campo de concentração.
A situação limite do deficiente, onde a complexidade dos problemas sociais se concentra ao máximo, pode mostrar suas características eminentemente sociais. A construção da cidadania do deficiente é uma batalha quotidiana, o acesso aos direitos civis, políticos, sociais e coletivos, direito a saúde, educação, trabalho, cultura, lazer, é uma exacerbação das dificuldades dos outros cidadãos.
Conquistas de direitos, responsabilidades do Estado, papel da sociedade, intervenção com resultados a longo prazo são pontos cruciais da questão do deficiente, problemas comuns na nossa democracia por construir, mas acrescentemos a eles o preconceito, a discriminação, a marginalização e podemos perceber que e a compreensão do relacionamento entre diferença e igualdade, ponto primordial da questão da deficiência, é também chave na construção da democracia.
Porque o que o deficiente quer é o direito à igualdade. Não o direito de ser igual, mas a possibilidade de, sendo diferente, ter acesso aos mesmos direitos. Ter respeitada sua diversidade, o conteúdo da sua competência e não a medida da sua eficiência, ter a marca do humano sobressaindo como possibilidade de sua diversidade.
Diariamente o deficiente tem desrespeitados seus direitos básicos. Construí-los no entanto é simples. Não são necessários nem bilhões de dólares de investimento, nem inovações tecnológicas difíceis de alcançar, nem grandes obras, nem mesmo reformas profundas ou legislações básicas. É preciso vencer a barreira do preconceito e do desconhecimento. O direito às compensações vem sendo construído nos países do Primeiro Mundo. O princípio de integração que prega a possibilidade e o direito de o deficiente viver inserido em nossa sociedade é um facilitador na medida que repudia qualquer forma de excepcionalidade, tanto aquela que se grega mantendo o deficiente longe quanto aquela que superprotege tendo o deficiente diferente. A integração, impondo a todos nos o desafio do convívio dos diferentes, permite construir os mecanismos da igualdade através da educação especial da reabilitação, das complementações tecnológicas, da formação e inserção profissional adequadas, do esporte adaptado e inventa formas de ir descobrindo a democracia e a igualdade.
Existe um conluio secreto entre sociedade e Estado em nosso país em relação à questão do deficiente.
Esse acordo começa com a manutenção do assistencialismo e do paternalismo, passa pelas falsas políticas de participação e se completa quando entende a deficiência e aceita a cidadania incompleta dos diferentes.
É preciso romper essa barreira, vencer essa batalha, desenvolver um estratégia para ganhar a guerra. Neste fim de século só existe uma grande batalha para os que estão envolvidos com a questão em nosso país: a conscientização do Estado e da Sociedade. E pode existir um grande aliado: a informação.
Os centros de produção de conhecimento, em especial a universidade como produtora e disseminadora de saber, podem ser a base para a construção dessa aliança. Mas são os meio de comunicação, divulgadores de conhecimento e formadores de opinião, que definição a nossa vitória. Só com um novo pacto, com o engajamento dos formadores de opinião, poderemos construir uma nova consciência sobre a deficiência.
É preciso fazer conhecida a questão social da pessoa portadora de decifiência, é preciso produzir e fazer circular informações, mobilizar comunidades, chamar à participação, construir políticas públicas.
Em nosso país reivindicamos ainda cidadania. Ainda temos campos de concentração a serem abertos. A democracia precisa ser construída. E o deficiente deve fazer parte dessa construção.
TEREZA COSTA D`AMARAL
Presidente do Instituto Brasileiro de Defesa dos
Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência e
Membro do Grupo de Defesa da Criança.
http://www.rebidia.org.br/gdc/aramefar.html
O portador de deficiência e a cidadania
Título da Revista:
Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região
Autores:
Meireles, Alessandra CabralMaciel, Karla Cabral
Data de Publicação:
2002
URL:
http://hdl.handle.net/2011/18973
Palavras-chave:
Deficiente, proteção, direitos e deveres, BrasilDeficiente, legislaçãoDeficiente, discriminação, históriaDireitos humanosCidadania, BrasilAmbiente do trabalho, BrasilRelação de trabalho, BrasilDiscriminação no emprego, BrasilAdministração pública, BrasilMinistério público do trabalho, poderes e atribuições, Brasil
Resumo:
Trata da evolução histórica dos direitos dos portadores de necessidades especiais e discute o comportamento da sociedade para com esses indivíduos.
Referência:
MEIRELES, Alessandra Cabral; MACIEL, Karla Cabral. O portador de deficiência e a cidadania. Revista do Tribunal Regional do Trabalho do 13ª Região, João Pessoa, v. 10, n. 1, p. 143-171, 2002. Disponível em:. Acesso em: 27 de nov. 2008.
Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região
Autores:
Meireles, Alessandra CabralMaciel, Karla Cabral
Data de Publicação:
2002
URL:
http://hdl.handle.net/2011/18973
Palavras-chave:
Deficiente, proteção, direitos e deveres, BrasilDeficiente, legislaçãoDeficiente, discriminação, históriaDireitos humanosCidadania, BrasilAmbiente do trabalho, BrasilRelação de trabalho, BrasilDiscriminação no emprego, BrasilAdministração pública, BrasilMinistério público do trabalho, poderes e atribuições, Brasil
Resumo:
Trata da evolução histórica dos direitos dos portadores de necessidades especiais e discute o comportamento da sociedade para com esses indivíduos.
Referência:
MEIRELES, Alessandra Cabral; MACIEL, Karla Cabral. O portador de deficiência e a cidadania. Revista do Tribunal Regional do Trabalho do 13ª Região, João Pessoa, v. 10, n. 1, p. 143-171, 2002. Disponível em:
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Rádio Inclusiva: um projeto a ser realizado
Amigos,
Já há algum tempo, estou trabalhando na execução de uma rádio online cujo objtivo é discutir as questões de inclusão, além de divulgar eventos etc...
Não consegui, ainda, finalizá-lo, pois encontrei algumas dificuldades técnicas e operacionais.
Gostaria de ouvir algumas opiniões e sugestões a respeito dessa idéia.
Sua participação será muito importante.
A página da rádio (ainda em caráter experimental) está no ar, e já foram transmitidas algumas programaçoes, mas nada definitivo.
Se você quiser conhecer o projeto, entre no seguinte endereço:
http://br.geocities.com/radio_inclusiva/radio_inclusivamono.htm
Conto com sua colaboração.
Um abraço
Saulo
Já há algum tempo, estou trabalhando na execução de uma rádio online cujo objtivo é discutir as questões de inclusão, além de divulgar eventos etc...
Não consegui, ainda, finalizá-lo, pois encontrei algumas dificuldades técnicas e operacionais.
Gostaria de ouvir algumas opiniões e sugestões a respeito dessa idéia.
Sua participação será muito importante.
A página da rádio (ainda em caráter experimental) está no ar, e já foram transmitidas algumas programaçoes, mas nada definitivo.
Se você quiser conhecer o projeto, entre no seguinte endereço:
http://br.geocities.com/radio_inclusiva/radio_inclusivamono.htm
Conto com sua colaboração.
Um abraço
Saulo
Novas tecnologias excluem cegos
Jornal do Brasil, 12/01/2009:
Tela sensível ao toque dificulta uso do aparelho
Enquanto os aficionados por tecnologia comemoram o avanço das telas sensíveis ao toque, que estão cada vez mais presentes em aparelhos, outros temem que toda uma geração de produtos fique menos acessível para os cegos. Aproveitando a maior feira de eletrônicos do mundo, a Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, o músico Stevie Wonder e outros defensores da causa dos deficientes visuais, pediram aos fabricantes que produzam aparelhos adaptados às necessidades das pessoas cegas.
– Se vocês derem esses passos, poderão nos dar a exaltação, o prazer e a liberdade de fazer parte da tecnologia – afirmou o artista.
Wonder diz que algumas companhias já tornaram seus produtos mais acessíveis, às vezes sem intenção. Ele aproveitou para citar os aparelhos que gostaria de ter: iPod, da Apple, e o BlackBerry, da RIM.
Segundo Chris Danielsen, da Federação Nacional dos Cegos dos Estados Unidos, a intenção não é frear o progresso tecnológico
– O que queremos é que os produtores criem uma interface de fácil uso. Quanto mais simples for a interface de um aparelho, mais pessoas atrairá, cegas ou não.
Os aparelhos que antes eram simples de serem usados por cegos, como TVs e equipamentos de som, com o avanço das telas sensíveis ao toque, tornaram-se difíceis. Isso porque exigem a navegação por menus que precisam ser vistos para serem usados de forma efetiva. Além disso, os aparelhos perdem as diferenças de relevo das teclas, dificultando a diferenciação pelo tato.
Há alguns aparelhos de telefone que emitem sons para ajudar nessa tarefa. No entanto, Anne Taylor, diretora de tecnologia da federação, afirma que esses sistemas ainda não a ajudaram a mexer em um telefone com tela sensível ao toque. Uma das razões é o preço: um software com essa tecnologia custa cerca de US$ 300 e, em geral, funciona apenas para um modelo específico.
Entre as sugestões para os fabricantes está a inclusão nos aparelhos de um botão de acesso rápido a funções importantes e o uso de sons diferentes para cada menu.
Extraído do site:
http://blog.andrei.bastos.nom.br/
Tela sensível ao toque dificulta uso do aparelho
Enquanto os aficionados por tecnologia comemoram o avanço das telas sensíveis ao toque, que estão cada vez mais presentes em aparelhos, outros temem que toda uma geração de produtos fique menos acessível para os cegos. Aproveitando a maior feira de eletrônicos do mundo, a Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, o músico Stevie Wonder e outros defensores da causa dos deficientes visuais, pediram aos fabricantes que produzam aparelhos adaptados às necessidades das pessoas cegas.
– Se vocês derem esses passos, poderão nos dar a exaltação, o prazer e a liberdade de fazer parte da tecnologia – afirmou o artista.
Wonder diz que algumas companhias já tornaram seus produtos mais acessíveis, às vezes sem intenção. Ele aproveitou para citar os aparelhos que gostaria de ter: iPod, da Apple, e o BlackBerry, da RIM.
Segundo Chris Danielsen, da Federação Nacional dos Cegos dos Estados Unidos, a intenção não é frear o progresso tecnológico
– O que queremos é que os produtores criem uma interface de fácil uso. Quanto mais simples for a interface de um aparelho, mais pessoas atrairá, cegas ou não.
Os aparelhos que antes eram simples de serem usados por cegos, como TVs e equipamentos de som, com o avanço das telas sensíveis ao toque, tornaram-se difíceis. Isso porque exigem a navegação por menus que precisam ser vistos para serem usados de forma efetiva. Além disso, os aparelhos perdem as diferenças de relevo das teclas, dificultando a diferenciação pelo tato.
Há alguns aparelhos de telefone que emitem sons para ajudar nessa tarefa. No entanto, Anne Taylor, diretora de tecnologia da federação, afirma que esses sistemas ainda não a ajudaram a mexer em um telefone com tela sensível ao toque. Uma das razões é o preço: um software com essa tecnologia custa cerca de US$ 300 e, em geral, funciona apenas para um modelo específico.
Entre as sugestões para os fabricantes está a inclusão nos aparelhos de um botão de acesso rápido a funções importantes e o uso de sons diferentes para cada menu.
Extraído do site:
http://blog.andrei.bastos.nom.br/
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA AUMENTARIA PRECONCEITO E SERIA RETROCESSO
BRASÍLIA - A APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI Nº 7.699/06, QUE CRIA O ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, AUMENTARIA O PRECONCEITO E REPRESENTARIA UM RETROCESSO PARA O PAÍS. A AVALIAÇÃO É DE UM DOS DIRIGENTES DO MOVIMENTO NACIONAL PELA CONSTITUIÇÃO E CONTRA O ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, ANDREI BASTOS.“NÓS CONSIDERAMOS QUE UM ESTATUTO É UM RETROCESSO, PORQUE É UMA LEI À PARTE DE PROTEÇÃO ESPECIAL. NESSE SENTIDO, ELA PREJUDICA NOSSA INCLUSÃO SOCIAL, POIS NOS COLOCA TAMBÉM COMO PESSOAS À PARTE, TORNANDO-NOS CIDADÃOS DIFERENTES E REFORÇANDO O PRECONCEITO E A DISCRIMINAÇÃO”, DISSE BASTOS, EM ENTREVISTA HOJE (23) AO PROGRAMA REVISTA BRASIL, DA RÁDIO NACIONAL AM.HOJE A SESSÃO PLENÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS FOI TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERAL PARA DISCUTIR E ANALISAR O PROJETO DE LEI, EM TRAMITAÇÃO NA CASA. DE AUTORIA DO SENADOR PAULO PAIM (PT-RS), A PROPOSTA PREVÊ BENEFÍCIOS PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, COMO A CRIAÇÃO DE ESCOLAS INCLUSIVAS E DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE, E PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO DE PROCESSOS JUDICIAIS.ALÉM DISSO, COM A CRIAÇÃO DO ESTATUTO, AS ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS QUE DIFICULTAREM A MATRÍCULA DE QUALQUER PESSOA EM RAZÃO DE DEFICIÊNCIA ESTARÃO SUJEITAS AO PAGAMENTO DE MULTA E À PENA QUE VARIA DE 3 A 5 ANOS DE RECLUSÃO. MAS, NA AVALIAÇÃO DE BASTOS, O IDEAL SERIA QUE AS LEIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA QUE ESTÃO EM VIGOR FOSSEM CUMPRIDAS.“O BRASIL POSSUI A MELHOR LEGISLAÇÃO DAS AMÉRICAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, CONSIDERADA PELOS INSTITUTOS INTERNACIONAIS. NA VERDADE, O QUE É PRECISO É QUE A LEIS SEJAM CUMPRIDAS. O ESTATUTO NÃO É UMA PALAVRA MÁGICA QUE FAZ COM QUE AS COISAS ACONTEÇAM”, DISSE BASTOS, UM DOS PARTICIPANTES DA COMISSÃO GERAL NA CÂMARA. “ NOSSA IDÉIA É DE QUE O NOSSO ESTATUTO É A CONSTITUIÇÃO. NÓS SOMOS TÃO CIDADÃOS COMO OS OUTROS. NÓS PROPOMOS É MELHORAR AS LEIS QUE JÁ EXISTEM”, COMPLETOU.ELE CITOU COMO EXEMPLO O DECRETO Nº 5.296/04, ASSINADO PELO PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, QUE ESTABELECEU PRAZOS PARA ADAPTAÇÃO DE PRÉDIOS PÚBLICOS E TRANSPORTE COLETIVO ÀS NECESSIDADES DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. SEGUNDO ELE, O PRAZO PARA ADAPTAÇÃO DOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS VENCEU EM JULHO DESTE ANO. PARA BASTOS, O PROJETO DESTINADO ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA É DIFERENTE DOS ESTATUTOS QUE EXISTEM NO PAÍS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES E IDOSOS. “AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO CAPAZES DE DEFENDER OS SEUS DIREITOS SOZINHAS SEM A TUTELA ESPECIAL”, AFIRMOU.“A GENTE DEFENDE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O ESTATUTO DO IDOSO. FOMOS CRIANÇAS E SEREMOS IDOSOS, ESSAS PESSOAS PRECISAM DE UMA PROTEÇÃO ESPECIAL. NO CASO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, ANTES DO ESTATUTO, ELAS TINHAM UM CÓDIGO MENOR QUE ERA UMA LEGISLAÇÃO TERRÍVEL. OS IDOSOS NÃO CONTAVAM COM QUASE NADA QUE OS PROTEGESSE LEGALMENTE”, PONDEROU.
CLARA MOUSINHO DA AGÊNCIA BRASIL
FONTE:
http://www.deficientesolidario.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=255
CLARA MOUSINHO DA AGÊNCIA BRASIL
FONTE:
http://www.deficientesolidario.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=255
Pessoas com deficiência enfrentam preconceito e dificuldade para encontrar trabalho, diz Conade
02 de novembro de 2007
A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho passa por algumas dificuldades que ultrapassam os próprios limites impostos pela condição física. Essa é a avaliação do presidente do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência Física (Conade), Alexandre Carvalho.
Mariana Jungmann Repórter da Agência Brasil
Segundo ele, o preconceito, a necessária adaptação de ambientes de trabalho – com a inclusão de rampas e o alargamento de portas – até a dificuldade de comunicação com funcionários cegos ou surdos são os maiores entraves para ampliar o número de pessoas com deficiência que ocupam postos de trabalho.
Desde 1999, o decreto 3.298 da Presidência da República regulamenta a lei de cotas – que obriga todas as empresas com mais de 100 funcionários a contratarem pessoas com deficiência. As cotas variam de 1% a 5% dependendo do número de empregados.
De acordo com o conselho, em função das dificuldades, muitos deficientes desistiam de conseguir um emprego com carteira assinada porque eram obrigados a abrir mão do benefício pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – destinado a deficientes que não trabalham e tem renda de até ¼ de salário-mínimo.
“Esse medo é natural. Porque o custo de vida de uma pessoa com deficiência é 40% mais alto que uma pessoa sem deficiência aparente. Então o risco de ir para o mercado, ser demitido e ficar sem nenhum tipo de assistência assustava as pessoas”, reconhece Alexandre Carvalho
Por isso, desde setembro deste ano existe um decreto que garante a essas pessoas o direito de terem o benefício de volta caso não consigam permanecer empregadas e comprovem que voltaram a ter renda de ¼ de salário-mínimo.
Outro problema que incide no trabalho de inclusão do deficiente é a falta de qualificação. O procurador Regional do Trabalho, José Cláudio Monteiro de Brito Filho reconhece que em algumas áreas – como a de educação, por exemplo – esse problema é real. Mesmo assim, o procurador afirma que o Ministério Público não negocia a isenção da responsabilidade da empresa. Nesses casos o empregador é orientado a oferecer a capacitação dos profissionais que irá contratar.
Em alguns casos o problema está no tipo de serviço, que exige aptidão física do empregado. As prestadoras de serviços de segurança e vigilância, por exemplo, alegam que a Lei 7.102 obriga os seguranças a passarem por academias de vigilância credenciadas pelo Departamento de Polícia Federal.
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A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho passa por algumas dificuldades que ultrapassam os próprios limites impostos pela condição física. Essa é a avaliação do presidente do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência Física (Conade), Alexandre Carvalho.
Mariana Jungmann Repórter da Agência Brasil
Segundo ele, o preconceito, a necessária adaptação de ambientes de trabalho – com a inclusão de rampas e o alargamento de portas – até a dificuldade de comunicação com funcionários cegos ou surdos são os maiores entraves para ampliar o número de pessoas com deficiência que ocupam postos de trabalho.
Desde 1999, o decreto 3.298 da Presidência da República regulamenta a lei de cotas – que obriga todas as empresas com mais de 100 funcionários a contratarem pessoas com deficiência. As cotas variam de 1% a 5% dependendo do número de empregados.
De acordo com o conselho, em função das dificuldades, muitos deficientes desistiam de conseguir um emprego com carteira assinada porque eram obrigados a abrir mão do benefício pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – destinado a deficientes que não trabalham e tem renda de até ¼ de salário-mínimo.
“Esse medo é natural. Porque o custo de vida de uma pessoa com deficiência é 40% mais alto que uma pessoa sem deficiência aparente. Então o risco de ir para o mercado, ser demitido e ficar sem nenhum tipo de assistência assustava as pessoas”, reconhece Alexandre Carvalho
Por isso, desde setembro deste ano existe um decreto que garante a essas pessoas o direito de terem o benefício de volta caso não consigam permanecer empregadas e comprovem que voltaram a ter renda de ¼ de salário-mínimo.
Outro problema que incide no trabalho de inclusão do deficiente é a falta de qualificação. O procurador Regional do Trabalho, José Cláudio Monteiro de Brito Filho reconhece que em algumas áreas – como a de educação, por exemplo – esse problema é real. Mesmo assim, o procurador afirma que o Ministério Público não negocia a isenção da responsabilidade da empresa. Nesses casos o empregador é orientado a oferecer a capacitação dos profissionais que irá contratar.
Em alguns casos o problema está no tipo de serviço, que exige aptidão física do empregado. As prestadoras de serviços de segurança e vigilância, por exemplo, alegam que a Lei 7.102 obriga os seguranças a passarem por academias de vigilância credenciadas pelo Departamento de Polícia Federal.
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