Este espaço é para ser compartilhado entre aqueles que acreditam que incluir é respeitar o outro e a si mesmo, contribuindo para a construção de uma sociedade justa e plena! "Este espacio es para ser compartido por quienes creen que incluir y respetar a otros o a así mismos, contribuye a construir una sociedad más justa y plena" Prof. Saulo C Silva

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.Parecer das Escolas de Ensino Comum de Marmeleiro Pr.

As Escolas estaduais e municipais do município de Marmeleiro Pr, demonstram preocupação com a divulgação preliminar do parecer do MEC, que define como responsabilidade das Escolas de Ensino Comum a oferta de educação especial, para alunos com deficiência, Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade, que, em sua redação, provocou reações inflamadas quanto ao teor de seu conteúdo. . A proposta, que pode virar decreto ou projeto de Lei, prevê o fim das escolas especiais – como as Apaes - e passa a considerá-las como Centros de Atendimento complementar ou especializado. Em nossa avaliação a nova política do MEC pretende a inclusão forçada de crianças e adolescentes na rede regular de ensino, em detrimento da inclusão paulatina feita, já com muitas dificuldades, pelos governos municipais e estaduais. Na reunião que aconteceu no dia 23 de outubro de 2007 em Marmeleiro onde estiveram presentes Diretora de Departamento de Educação Municipal, Diretores e Pedagogos das Escolas de Ensino Comum, para leitura e análise do referido texto, em que são totalmente desfavoráveis a proposta de Inclusão apresentada pelo MEC, por muitos motivos entre os quais: 1 - Os alunos com deficiência apresentam aprendizagem lenta e necessitam de mais tempo para cumprir os conteúdos estabelecidos, e mesmo não assimilando satisfatoriamente, teriam que avançar de nível porque assim exige a política de progressão vigente, ficando evidenciado a falsa idéia de aprendizagem. No momento, nas escolas estaduais e municipais, a entrada dos alunos sempre ocorreu de maneira tranqüila. Se o aluno venceu a dificuldade na Escola Especial e a Escola Comum está adaptada para recebê-lo, certamente será inserido com êxito. 2 - A qualidade de ensino ficará comprometida devido ao aumento do número de alunos em cada sala, sendo que existe alunos que necessitam de atenção especial já inseridos no Ensino Comum, ( as dificuldades de aprendizagem, indisciplina, conflitos familiares, condições socioeconômicas), consideradas agravantes e que interferem na aprendizagem, e que a Escola precisa também estar atenta e essas situações, que interferem diretamente na aprendizagem e que exige dos professores atitudes diferenciadas de intervenção, e isto, caracteriza um trabalho inclusivo quando tratamos a diversidade de maneira especial. 3 – Os professores do Ensino Comum tem dificuldade em lidar com as deficiências apresentadas pelos alunos das escolas especiais uma vez que, a sua formação não os habilita a trabalhar com as mais variadas deficiências que requerem métodos e técnicas específicas para poderem desenvolver suas potencialidades. O professor na sua formação acadêmica optou por uma área única, não podendo na sua prática trabalhar conteúdos para os quais não foi habilitado. 4 – Direito de escolha dos pais e das pessoas com deficiência decidirem a escola que querem que seus filhos estudem. Observa-se que as medidas adotadas para a inclusão apenas têm se tornado mais um empecilho aos princípios de gestão democrática que deveriam reger a autonomia de pais e educadores para decidirem qual seja a melhor opção de escola para o educando especial. A tentativa de obrigar a escola, a tomar uma posição em detrimento aos reais interesses dos educandos e dos pais nem sempre consultados sobre suas vontades, aspirações e esperanças. 5 – A falta de atendimento técnico necessário para ajudar na aprendizagem. Se o ensino especial específico acaba, os pais também terão que suportar a educação da criança ou do adolescente, porque a equipe básica de atendimento tem um trabalho restrito, e não interfere no trabalho acadêmico propriamente dito. 6 – A arquitetura de nossas escolas de Ensino Comum não estão adaptadas para atender as necessidades das pessoas com deficiência. Mesmo os inúmeros autores favoráveis à inclusão, deixam transparecer em suas pesquisas as barreiras existentes entre o que se pressupõe politicamente correto e aquilo que se pode concretizar com sucesso. 7- Podemos adiantar que as pessoas com deficiência não se adaptariam no Ensino Comum uma vez que lá não encontrariam um ambiente favorável à suas necessidades e aspirações e certamente optariam por ficar em casa segregados como foram no passado. 8 – Transporte escolar não adaptado e que dificultaria a ida dos alunos com deficiência para escola sem contar que muitos deles precisam de acompanhantes, cadeiras de roda, andadores, muletas e no transporte coletivo existente seria totalmente inviável. O conceito de autonomia delegado aos educandos opõe-se à inclusão de pessoas especiais que necessitam de apoios e recursos, inclusive físicos, para concretizar seus processos de aprendizagem. 9 - Uma perspectiva ilusória de igualdade, por si só é excludente. É neste contexto que o professor sobrevive pressionado a reciclar seus saberes, adequando-os a uma visão limitada por embates políticos, que impõem seu olhar a partir de interesses próprios, sem diagnóstico prévio das condições das escolas públicas ou do atendimento já ofertado ao educando especial, nega as diferenças inerentes ao ser humano. Soluções viáveis. Sugestões do grupo. 1- Transformar as Escolas Especiais em Escolas Públicas com os mesmos direitos e deveres, podendo ser firmado parcerias no sentido de que o ingresso do aluno no Ensino Comum aconteça de forma tranqüila, ou seja, quando o aluno vencer suas dificuldades e as escolas estiverem adaptadas para recebê-lo, este, terá condições de acompanhar sua aprendizagem sem dificuldades. 2 - Já existe uma proposta de Inclusão educacional que está dando certo . Experiências particulares sobre a pessoa com necessidades especiais, caracterizada em uma abordagem qualitativa, que entende a lógica de seu mundo e as articulações imprescindíveis para que ocorra o seu desenvolvimento e amadurecimento afetivo e intelectual, e principalmente situações favoráveis em que tanto o aluno especial quanto o aluno do Ensino Comum possam interagir de forma tranqüila e natural. 3 - Aprofundar o conhecimento sobre o trabalho das Escolas Especiais e suas diretrizes, posicionamento, ações acadêmicas desenvolvidas, seu corpo discente e docente, seria um resgate de sua posição como um local, como qualquer outro, de troca de vivências, idéias e informações, desvelando seu papel de agregadora social, aproximando os discursos teóricos inflamados da realidade existencial de pessoas com necessidades especiais. Escolas participantes deste debate. Departamento Municipal de Educação de Marmeleiro. CNPJ: 76 205 675 /0001-01 Escola Municipal São Judas Tadeu- Educação Infantil e Ensino Fundamental. CNPJ: 01.044.258/0001-52 Escola Municipal Padre Afonso _ Educação Infantil e Ensino Fundamental. CNPJ: 00 854 982/0001-89. Escola Municipal Perseverança - Educação Infantil e Ensino Fundamental. CNPJ: 01 317 913 /0001-07 Escola Municipal Dom Pedro I - Educação Infantil e Ensino Fundamental. CNPJ: 00286 790/0001-13 Colégio Estadual Telmo Octávio Muller - Ensino Fundamental e Médio. CNPJ: 77.594.638/0001 - 22 Colégio Estadual de Marmeleiro - Ensino Fundamental e Médio. CNPJ: 01 215 030 /0001-13 Paulo Henrique Schawaln - RG: 40362274 Presidente do Conselho Municipal de Educação José Ivanir Pilatti - RG: 1924911 Vereador. Lides Maria Baldissera Responsável pela redação.

Fonte:
http://marmeleiro.apaepr.org.br/?mod=noticias&id=7964

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